quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Fé - quinta parte


A fé é adesão ao Deus vivo, não é um salto no vazio. No evangelho aparece como o acto de caminhar sobre as águas pela mão de Cristo, o Senhor que nos concede o Espírito para acedermos ao Pai. O homem que nada pode, abre-se à acção de Deus e experimenta a salvação: «A tua fé te salvou» (Mc 10, 52). A fé constitui a redenção e a certeza do homem.

A fé é acolhimento, é aceitar a visita de Deus que nos precede. É iniciativa de Deus que nos interpela: «Shemá Israel!» (Escuta Israel!) (Dt 6, 4). Ele estabelece com cada homem uma relação dialogal, no meio da dúvida e da incerteza. Foi assim a experiência de Jacob no vau de Jaboc (cf. Gn 32, 23-33). Mas o encontro com Deus é violento, porque provoca e desinstala. Ele escapa às nossas certezas e não se deixa domesticar pelas nossas pretensões. Por isso a fé escandaliza. Se o encontro com Ele é uma tranquila repetição de gestos sempre iguais, sem amor e sem dor, então Deus já não é o Deus vivo, mas o Deus morto.

2 comentários:

flor disse...

Bom dia...

Belas palavras.....e tanto me ajudam ..... nesta longa jornada....

Obrigada do fundo coração ...

"O encontro com Deus é violento, porque provoca e desinstala..ele escapa as nossas certezas e não se deixa domesticar pelas nossas pretensões..."
Também eu afirmo sem amor e sem dor então Deus já não é um Deus vivo, mas Deus morto....

Eu ainda ando meia perdida.... porque cada dia que passa descobre novas coisas... é um coração aberto no silencio..e que tanto ainda tenho para aprender..mas sempre com amor .... e também com dor....também ela faz falta... sim ela faz....


mais uma vez obrigada...só falei o que sentia...pois estou atrasada já..... se não acrescentaria com um texto...


Um bom dia com muita luz com Jesus.... e com o perfume que se faz sentir.... na brisa da paz.....
bj..

Transmontana disse...

Bom dia!

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

"Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego pistia[1] ) é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão.

A fé acompanha absoluta abstinência à dúvida pelo antagonismo inerente à natureza destes fenômenos psicológicos e lógica conceitual. Ou seja, tendo fé, é impossível duvidar e ter fé ao mesmo tempo. A expressão se relaciona semanticamente com os verbos crer, acreditar, confiar e apostar, embora estes três últimos não necessariamente exprimam o sentimento de fé, posto que podem embutir dúvida parcial como reconhecimento de um possível engano. A relação da fé com os outros verbos, consiste em nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, por uma hipótese a qual se acredita, ou confia, ou aposta ser verdade.[2] Portanto uma pessoa que acredita, confia, ou aposta em algo, não significa necessariamente que ela tenha fé.

É possível nutrir um sentimento de fé em relação a um pessoa, um objeto inanimado, uma ideologia, um pensamento filosófico, um sistema qualquer, um conjunto de regras, um paradigma popular social e historicamente instituido, uma base de propostas ou dogmas de uma determinada religião. Tal sentimento não se sustenta em evidências, provas ou entendimento racional (ainda que este último critério seja amplamente discutido dentro da epistemologia e possa se refletir em sofismos ou falácias que o justifiquem de modo ilusório) e, portanto, alegações baseadas em fé não são reconhecidas pela comunidade científica como parâmetro legítimo de reconhecimento ou avaliação da verdade de um postulado. É geralmente associada a experiências pessoais e herança cultural podendo ser compartilhada com outros através de relatos, principalmente (mas não exclusivamente) no contexto religioso, e usada frequentemente como justificativa para a própria crença em que se tem fé, o que caracteriza raciocínio circular.

A fé se manifesta de várias maneiras e pode estar vinculada a questões emocionais (tais como reconforto em momentos de aflição desprovidos de sinais de futura melhora, relacionando-se com esperança) e a motivos considerados moralmente nobres ou estritamente pessoais e egoístas. Pode estar direcionada a alguma razão específica (que a justifique) ou mesmo existir sem razão definida. E, como mencionado anteriormente, também não carece absolutamente de qualquer tipo de argumento racional."

Tenhamos Fé e nada nos faltará!

Anita