segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Procissão II

                         

 

Procissão S. Bartolomeu


 

 
Presidiu à Procissão o Bispo Diocesano, D. José Manuel Garcia Cordeiro e participou também, o Bispo Emérito, D. António Montes Moreira.
 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Viagem

"Aparelhei o barco da ilusão

E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar."

Viagem, Miguel Torga

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Tornar úteis os dias úteis



Às vezes, demasiadas vezes,
a vida assemelha-se a uma repartição cinzenta,
onde os horários se cumprem sem empenho.
Estamos, mas fazemos sem compromisso íntimo.
Falamos e fazemos,
mas sentindo o nosso interesse noutro lado.
Vivemos, claro, mas com o coração distante.
 
Como é necessário tornar realmente úteis
os dias úteis!
 
Úteis não apenas por imposição do calendário.
Úteis, porque vividos com generosidade e sentido.
Úteis, porque não os atropelamos
na voragem das solicitações,
na dispersão das coisas,
mas sabemos (ou melhor, ousamos) fazer deles
lugar de criação e descoberta,
tempo de labor e de escuta,
modo de acção e de contemplação.
É preciso acolher o “inútil”
se quisermos chegar ao verdadeiramente útil.
P. José Tolentino Mendonça

sábado, 17 de agosto de 2013

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Em Ti ....

Afogo no teu ombro tudo o que não te digo
o pânico do sonho, o resplendor do risco.
 
 
É de ti que me escondo... em ti é que me firmo…
David Mourão-Ferreira

domingo, 4 de agosto de 2013

Alfaiates da vida



Nós somos os alfaiates da vida. Deus nos deu um bom tecido, e todo o material de costura.
Quando criança, nossos pais costuram por nós. Nem sempre gostamos, mas – de qualquer forma – fazem com amor.
Chega um momento, porém, que cabe a nós pegar na agulha e na linha de nossas vidas. Mas não temos disposição; então vamos à loja de departamentos da Sociedade, e usamos o que podemos comprar.
Mesmo que não nos agrade, é o que tem.
Às vezes, para adaptar o prêt-à-porter de nossa existência ao nosso gosto pessoal, colocamos remendos – e fica pior.
Um dia, paramos e pensamos: “quando criança, meus pais me vestiam. Quando adulto, a sociedade me veste. Quando terei liberdade de criar minha própria roupa espiritual? ”
Então vemos a agulha, a linha, e o tecido que Deus colocou para nós.
                                                                                                                           Paulo Coelho

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Seguir adiante...

 
Para tanta gente que vive o drama da perda de um ente querido,  e para as quais não temos muitas palavras...
 
"Nos dias de desespero logo após a morte da filha, a escri­tora Isabel Allende recebeu a visita da mãe.  Ela trazia um pacote de cartas que Isabel havia lhe escrito. E disse:
“Esta dor é um túnel pelo qual tens que caminhar até chegar ao outro lado. Não há nenhuma maneira de evitar tal sofrimento; não há comprimidos, terapia, ou descanso. Precisas seguir adiante, até cruzar o túnel. Precisas viver cada etapa desta dor, e assimilá-la. Ela não irá partir nunca, vai ser parte de tua natureza daqui por diante – e é necessário aceitar isto”.
A mãe estendeu as cartas. Pouco a pouco, Isabel Allende foi revivendo todo o seu calvário com a doença da filha, entendendo seu próprio amor e suas limitações. No final, cruzou o túnel e aceitou a perda".  Paulo Coelho