quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Presépio original
Presépio original com cápsulas de café, e esta! Só a Professora Beatriz para se lembrar duma coisas destas. Parabéns.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
E o Verbo fez-se carne...

E viu as trevas:
“Quero ir lá”, disse a luz.
A paz olhou para baixo
E viu a guerra:
“Quero ir lá”, disse a paz.
O amor olhou para baixo
E viu o ódio:
“Quero ir lá”, disse o amor.
Foi então que apareceu a luz
E inundou a terra;
Apareceu o amor
E nasceu a vida.
“E o Verbo fez-se carne
E habitou no meio de nós”.
Giuseppe Pellegrino
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Natal é...
E falou.
E disse palavras que iam caindo sobre mim como gotas de chumbo derretido.
Palavras que não saberia repetir mas que me empurravam para uma grande loucura.
E teria de crescer e crescer. De cima me esticariam a alma porque o que viria era tão pequeno e tão grande que apenas caberia em mim e em todo o universo.
E tudo aquilo – que bem o entendi então! – far-se-ia com risos e com sangue.
A alma não cresce como cresce a massa do pão na padaria, cresce rasgando-se esticando o coração com os sete cavalos do mistério.
Cresces sem entender e começas a não ser o que eras. Sabes que Alguém será teu filho, mas nunca saberás quem é esse alguém e começas a suspeitar que este primeiro parto feliz é tão somente o ensaio de outro mais sangrento.
Mas como dizer-lhe “não”?
Como negar ao sol o seu direito a ser luz e iluminar?
Como discutir com Ele, pôr-lhe condições, pedir-lhe garantias?
O amor é assim: eleger sem eleição.
E “faça-se” disse-lhe eu. E recordo que o anjo sorriu como se acabasse de lhe tirar um grande peso de cima, como se agora pudesse já atrever-se a regressar ao céu.
E fora da janela um pássaro voou.
E pôs-se a tarde como se o sol sangrasse.
E no ar soaram campainhas como se o próprio Deus Estivesse contente.“Apócrifo de Maria” de José Luis Martín Descalzo
domingo, 14 de dezembro de 2008
E chamo-lhe Natal
Solstício de Inverno.
Aqui estou novamente a festejá-lo

À fogueira dos meus antepassados
Das cavernas.
Neva-me na lembrança.
E sonho a primavera
Florida nos sentidos.
Consciente da fera
Que nesses tempos idos
Também era,
Imagino um segundo nascimento
Sobrenatural
Da minha humanidade.
Na humildade
Dum presépio ideal,
Emblematizo essa virtualidade.
E chamo-lhe Natal.
Miguel Torga