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terça-feira, 17 de julho de 2012

Renovar


                       The Chagall Windows, Vitral de Marc Chagall

A Igreja precisa de renovar a sua linguagem para se situar na sociedade secular... Taylor realça a necessidade de criar uma linguagem arejada, «criativa» e ao mesmo tempo «mais afectiva e poética», que constitua um contraponto ao palavreado prevalecente da «tecnologia unidimensional». «Uma linguagem que chegue à dimensão estética da experiência, através da música, arte ou literatura», explica Imbelli...                                                                                                          diz Rui Jorge Martins

terça-feira, 31 de maio de 2011

Experiência


Currículum Vitae
Pede-se experiência...


A redacção que se segue foi escrita por um candidato numa selecção de Pessoal na Volkswagen. A pessoa foi aceite e o seu texto está a fazer furor na Internet, pela sua criatividade e sensibilidade.


 
'Já fiz cócegas à minha irmã só para que deixasse de chorar, já me queimei a brincar com uma vela, já fiz um balão com a pastilha que se me colou na cara toda, já falei com o espelho, já fingi ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violinista, mago, caçador e trapezista; já me escondi atrás da cortina e deixei esquecidos os pés de fora.
Já roubei um beijo, confundi os sentimentos, tomei um caminho errado e ainda sigo caminhando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela onde se cozinhou o creme, já me cortei ao barbear-me muito apressado e chorei ao escutar determinada música no autocarro.
Já tentei esquecer algumas pessoas e descobri que são as mais difíceis de esquecer.
Já subi às escondidas até ao terraço para agarrar estrelas, já subi a uma árvore para roubar fruta, já caí por uma escada.
Já fiz juramentos eternos, escrevi no muro da escola e chorei sozinho na casa de banho por algo que me aconteceu; já fugi de minha casa para sempre e voltei no instante seguinte.
Já corri para não deixar alguém a chorar, já fiquei só no meio de mil pessoas, sentindo a falta de uma única.
Já vi o pôr-do-sol mudar do rosado ao alaranjado, já mergulhei na piscina e não quis sair mais, já tomei whisky até sentir os lábios dormentes, já olhei a cidade de cima e nem mesmo assim encontrei o meu lugar.
Já senti medo da escuridão, já tremi de nervos, já quase morri de amor e renasci novamente para ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e senti medo de me levantar.
Já apostei a correr descalço pela rua, gritei de felicidade, roubei rosas num enorme jardim, já me apaixonei e pensei que era para sempre, mas era um 'para sempre' pela metade.
Já me deitei na relva até de madrugada e vi o sol substituir a lua;
já chorei por ver amigos partir e depois descobri que chegaram outros novos e que a vida é um ir e vir permanente.
Foram tantas as coisas que fiz, tantos os momentos fotografados pela lente da emoção e guardados nesse baú chamado coração...
Agora, um questionário pergunta-me, grita-me desde o papel:
- Qual é a sua experiência?
Essa pergunta fez eco no meu cérebro. Experiência....
Experiência... Será que cultivar sorrisos é experiência?
Agora... agradar-me-ia perguntar a quem redigiu o questionário:
-Experiência?! Quem a tem, se a cada momento tudo se renova?

quinta-feira, 17 de março de 2011

Sinais de Deus

Deus fala conosco através de sinais. É uma linguagem individual, que requer fé e disciplina para ser totalmente absorvida.

Santo Agostinho foi convertido desta maneira. Durante anos procurou, em várias correntes filosóficas, uma resposta para o sentido da vida. Certa tarde, no jardim de sua casa em Milão, refletia sobre o fracasso de toda a sua busca.

Neste momento, escutou uma criança na rua, cantando: “pega e lê! Pega e lê!”

Apesar de sempre ter sido governado pela lógica, resolveu – num impulso – abrir o primeiro livro ao seu alcance. Era a Bíblia, e ele leu um trecho de São Paulo – com as respostas que procurava.

A partir daí, a lógica de Agostinho abriu espaço para que a fé também pudesse participar, e ele se transformou num dos maiores teólogos da Igreja.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Não ter tempo

"Dizer que não se tem tempo para rezar, é o mesmo que recusar um encontro de amor.
Quem ama tem sempre tempo e se não tem tempo inventa-o.
Não consigo imaginar dois amigos, que não sintam vontade de se falar.
Tu consegues?"

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A falta de fé

"Às vezes criticamos a falta de fé dos outros. Não somos capazes de entender as circunstâncias em que esta fé foi perdida, nem procuramos aliviar a miséria de nosso irmão, que gera a revolta e a incredulidade no poder divino.
O humanista Robert Owen (1771-1858) percorria o interior da Inglaterra, falando de Deus. No século XIX, era comum usar a mão de obra infantil em trabalhos pesados, e Owen parou certa tarde em uma mina de carvão – onde um garoto de doze anos, subnutrido, carregava um pesado saco de minérios.
“Estou aqui para ajudá-lo a falar com Deus”, disse Owen.
“Muito obrigado, mas não o conheço. Ele deve trabalhar em outra mina”, foi a resposta do garoto." Paulo Coelho

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Faz de mim um televisor"

No dia Mundial da Televisão, vale a pena reflectir:
Senhor, não quero pedir-Te nada de especial nem difícil, como fazem outras crianças.
Hoje quero pedir-Te um grande favor, sem que os meus pais se apercebam.
Faz de mim um televisor, para que os meus pais se interessem por mim como se interessam pelo televisor, para que olhem para mim com o mesmo interesse com que a minha mãe acompanha a sua novela preferida, ou o meu pai o jogo de futebol; quero falar como essas pessoas, porque quando elas falam, toda a minha família se cala para as escutar.
Desejo ver a minha mãe dar tantos suspiros à minha frente como faz quando olha para os desfiles de moda. Quereria que o meu pai se risse tanto comigo como faz quando acompanha um programa cómico na TV.
Se acreditassem em mim quando lhes conto alguma coisa como acreditam na televisão, diriam: «Está certo! Vi isso na televisão!»
Desejaria ser um televisor para ser o rei da casa, para me tornar o centro das atenções, para ocupar o melhor lugar, para que todos os olhares se voltassem para mim.
Desejaria que os meus pais se preocupassem comigo como se preocupam quando o televisor avaria. Chamam imediatamente o técnico.
Desejaria fazer companhia à minha mãe quando ela se sente sozinha, quando se sente triste. Gostaria de estar tanto tempo com ela como o que ela concede à televisão.
Gostaria de ser televisor para ser amigo dos meus pais e a pessoa mais importante para eles.
Ó pai celestial, se me transformasses em televisor, eu poderia ter outra vez pais, e ser outra vez feliz.
Por favor, Pai, faz de mim um televisor.
Ámen.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Reflexão

Eclesiastes lido por Luís Miguel Cintra: capítulo terceiro
«Todas as coisas têm o seu tempo. E todas passam debaixo do céu, segundo o termo a que cada uma foi prescrito.
Há tempo de nascer e tempo de morrer. Há tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou. Há tempo de matar e tempo de sarar. Há tempo de destruir e tempo de edificar. Há tempo de chorar e tempo de rir. Há tempo de se afligir e tempo de saltar de gosto. Há tempo de espalhar pedras e tempo de as ajuntar...»


Luís Miguel Cintra lê o Eclesiastes (3) from Pastoral da Cultura on Vimeo.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Fiéis Defuntos

O início do mês de Novembro aproxima os cristãos dos santos e dos defuntos. No primeiro dia do mês, a Igreja propõe-se esta visão da glória, às portas do Inverno, para que, com o cair das folhas das árvores e o apagar-se gradual da luz do dia, não esmoreça nos crentes a esperança da vida e da vida plena em Deus, onde os Santos são para nós ainda peregrinos na Terra, um estímulo e um contínuo convite a que desejemos, para além da morte, a vida eterna em Deus.

domingo, 31 de outubro de 2010

Deus fecha os olhos

A propósito de um comentário que uma pessoa fez, e como é tão habitual e frequente este tipo de resposta, permitam-me uma pequena achega.
O comentário dizia:"Um dos meus santos preferidos.E,realmente quem tem deve dividir, que dividir é multiplicar.... Quem nada tem...foi abandonado por um Deus que cada vez mais fecha os olhos `as misérias humanas...."
A culpa é sempre dos outros, nunca nos revemos nessa fotografia. Até nas coisas mais cumplicadas, desgraça, miséria, pobreza, morte, terrorismo, atentados e calamidades, como não nos achamos com puder para tal, apontamos para Deus. Mas então onde estamos nós? Onde está a partilha, a solidariedade, a fraternidade, a justiça social. Tudo isto depende de nós. Não assobiemos para o lado; nós somos as mãos, os pés, a boca, os membros de Deus. Se fizermos algo pelos outros, o mundo melhora e avança, nós estamos a construir o Reino de Deus. E depois todo o resto virá por acréscimo. A ideia que tenho de Deus, não é a do controlador, do manipulador que tudo domina, que faz chover sobre os maus e manda sol sobre os bons. Não, Deus não é assim. Somos colaboradores Dele na transformação deste mundo.
As misérias humanas, não têm desculpa quando nós ficamos quietos. O planeta produz alimentos para toda a população, em todo o caso 24 mil pessoas morrem de fome todos os dias. A culpa é de Deus ou nossa? O nosso egoísmo fala mais alto. Fazemos como Pilatos e condenamos o Inocente. Hoje o Calvário bem podia ser qualquer campo de desalojados, ou sem abrigo. A resposta que tarda é da minha e da vossa responsabilidade, não é de Deus. Deus sofre, como sofreu no Calvário...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Bengala

Quando a angústia, a preocupação ou a incerteza me batem à porta não lhes abro a porta. Como a todos, elas também gostam de me visitar. Às vezes batem de leve, outras vezes batem com violência, outras insistem um pouco, outras parece que não querem largar a porta mais parece quererem arrombá-la. Mas eu, na minha teimosia, não lhes abro a porta. Não porque seja melhor que os outros, mas porque não aconteceu e entendo que tenho feito bem. Às vezes a casa treme, os vidros parecem querer estoirar, o telhado vê-se ameaçado, a chaminé silva como em dia de ventania. Às vezes dá vontade de abrir a porta e fugir para longe para não ter que viver debaixo do mesmo tecto que elas. Mas não! Não fujo e não abro a porta. Depois, percebo sempre que valeu a pena. Deus manda-me uma visita suave, prestável, disponível, como uma bengala para que me apoie na fragilidade deixada pela ventania da angústia que queria entrar, da preocupação que queria instalar-se, da incerteza que queria dominar. Pode ficar a fragilidade mas não fica nenhuma delas em mim porque não lhes abro a porta. Deus manda-me sempre uma bengala para apoiar essa fragilidade.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Gente Humana

Na contra-dança,
No bairro de lata,
Com gente humana,
De nada ter,
Dá tudo o que é,
Tudo que tem,
Mesa sozinha,
Comida na mesa farta,
Sol de vinha em flor.
Gente humana de tão pouca lata…
Amo esta gente tão cara,
Tão cara…
De amor de amar de gente.
Publicada por Kleine Hexe

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Parece que só se pode anunciar assim

"O que era desde o princípio,

o que ouvimos,

o que vimos com os nossos olhos,

o que contemplámos e

o que as nossas mãos tocaram

acerca da Palavra da Vida

é o nosso anúncio"
1Jo1

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

17 Maneiras de rezar

8. Conversar disto e daquilo
Conversar disto e daquilo e de repente sem Deus ou sem eu o prever acontece que nos pomos a falar do essencial da vida, da morte, do futuro da humanidade do amor, da verdade talvez de Deus ou talvez não, da religião cristã, dos grandes caminhos do homem.
Alargamos a conversa a outros, sem ódio, sem controvérsia, sem baixa paixão, mas porque isso importa mais que tudo o resto e porque falamos disso tão poucas vezes na conversa aquele que em Jesus Cristo deixa passar algo do Anúncio não porque se crê obrigado mas porque ele é como é, ele está nele, a sua palavra transporta a Palavra e pode acontecer que alguém escute pois o fundo do coração está aberto

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Para reflectir


O maior roubo que se pode fazer a alguém é tirar-lhe a esperança. Cuidado! Este tempo de competição e consumismo, do culto das aparências, é muito propício a comparações, é fácil alguém sentir-se marginalizado, sem sentido nem futuro. E neste caso quem roubou a esperança foi a mentira, a ilusão de que se é feliz com o ter, com o ganhar, com o êxito. Essa é mesmo publicidade enganosa!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Para reflectir


A vontade de Deus para mim é aquilo que eu, no fundo mais fundo, quero.
Mas só o sei através de uma relação de amizade que me vai tirando as defesas, os múltiplos apeteceres, tantas cascas que não me deixam ver quem sou.
Deus quer que eu seja verdadeiramente eu!
Deus quer a minha felicidade!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Para reflectir

O santo não é o impecável. É aquele que, com as suas fraquezas, não desiste de recomeçar, que vive as bem-aventuranças em plenitude, que realiza as obras de misericórdia, que está ao serviço dos outros, completamente entregue a Deus e ao próximo. A santidade é precisamente esta síntese de ser todo de Deus para poder ser todo para os outros.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Para reflectir


Temos de aprender a ouvir a voz de Deus, tanto na nossa vida interior como na exterior: na vida interior pela leitura das moções do Espírito que sinto em mim, pelos toques de Deus que experimento na oração, na escuta da palavra; na vida exterior pela leitura dos acontecimentos, pelo suceder da história, pelos sinais dos tempos. É deste modo, pelo discernimento de sinais interiores e de sinais exteriores, que vou descobrindo o que Deus me quer dizer.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal



O acontecimento extraordinário do Natal é o ponto de chegada de um longo processo histórico e espiritual. Deus ao longo dos séculos foi preparando a humanidade para esse nascimento. Preparou primeiro um povo especial, o povo de Israel, e, a partir de Abraão, uma linhagem, uma cultura, um desejo e uma espiritualidade para acolher um Messias. Maria é fruto desse longo amadurecimento, a mulher que sabe dizer a Deus o sim de um amor sem divisão, e desse amor fecundo nasce Jesus, o nosso Salvador e Senhor.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Para reflectir


Um conhecido escritor disse numa entrevista que as pessoas acreditam em Deus porque têm medo da morte. Era preciso que ele explicasse a afirmação! Pois os cristãos acreditam no amor, e que Deus é amor, porque é o amor que dá sentido à vida, que organiza o caos e corrige a injustiça e a violência. Seria bom lembrar as pessoas que o orgulho e a violência é que são morte, é que matam as nossas relações e as destroem. Ora o Amor-Deus venceu e vence essa morte, essa destruição.