quarta-feira, 27 de abril de 2011

Travessia



Os nossos dedos são cândidos
com brilhos impressos
e um tempo absorvido dos dois lados
Nos sinos, nos guizos, nas harpas
procuramos sem nenhuma restrição
o fogo e o gelo
a iluminação de um ramo dourado

Há um instante em que as nossas vozes
se fundem e destacam
reluzentes sobre a vida perpétua

Atravessamos a noite com uma vontade irreprimível de cantar

[José Tolentino Mendonça]

1 comentário:

Transmontana disse...

Boa tarde!
Não sei o que se passou hoje com o meu computador, pois cada vez que clicava para enviar o comentário, aparecia-me uma página a convidar-me a fazer um blog. Desisti depois de três tentativas frustradas. Vou experimentar, agora, para ver se consigo.

Um bom resto de dia!

Anita