sábado, 6 de novembro de 2010

À beira da água

"Estive sempre sentado nesta pedra
escutando, por assim dizer, o silêncio.
Ou no lago cair um fiozinho de água.
O lago é o tanque daquela idade
em que não tinha o coração
magoado. (Porque o amor, perdoa dizê-lo,
dói tanto! Todo o amor. Até o nosso,
tão feito de privação.) Estou onde
sempre estive: à beira de ser água.
Envelhecendo no rumor da bica
por onde corre apenas o silêncio."
Eugénio de Andrade

1 comentário:

flor disse...

Lindo poema.Fico em silêncio não é que não tenha nada para dizer... tanto havia para conversar mas a coisas que não sabemos explicar.... fico nervosa , não era para ficar mas fico, é de estar tão perto..... coração magoado não fiquemos magoados por favor assim ja não é um só coração magoado são dois... sim o amor dói e dói muito muito .perdemos o chão eu perco a vontade de viver... e penso porquê tem de ser assim??? Não entendo.... mas uma coisa é certa estou aqui também eu envelhecendo a espera.... No coração vai uma coisa... mas quando nós encontramos não é a mesma realidade muda tudo.. porquê não sei... só sei que sofro também e muito....
Penso que Deus assim quer .... se ele quer também eu respeito.... enbora sofra mas é com amor....
fazemos tanta falta olhamos a volta.... projectos e tantas coisas remudeladas de novo...não esta só....
olhe bem a volta.. ne.... também eles passaram pelo mesmo.....
Um bom dia e um bom fim de semana... as lagrimas estão sempre nos nossos olhos é verdade, mas tentemos ser felizes e sorrir... mesmo com a saudade de vez em quando...