segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Erros


Um texto do escritor Richard Bach:
Não existem erros. Os acontecimentos que atraímos para nós, por mais desagradáveis que sejam, são necessários para ensinar o que necessitamos aprender. Quando iniciamos a vida, cada um de nós recebe um bloco de mármore e as ferramentas necessárias para converter este bloco em escultura. Podemos arrastá-lo intacto a vida toda, podemos reduzi-lo a cascalho, ou podemos dar-lhe uma forma gloriosa. Eis aqui um teste para verificar se sua missão na Terra está cumprida:
Responda rápido: você está vivo?
Se a resposta é ‘Sim’, então ainda falta muita coisa a fazer.

1 comentário:

Transmontana disse...

Boa tarde!

Hoje tocou-me no meu "ponto fraco": A minha perdição pelos livros de Richard Bach, embora o tenha feito, através de Paulo Coelho.

Tenho, ao meu lado, o livro "Ilusões" onde se encontra esta resposta à nossa missão, na terra:

"Eis
um teste para descobrir
se a tua missão na terra
está terminada:

Se estás vivo,
não está."

Quantas vezes, pergunto a mim, mesma, o que ando a fazer, neste mundo?...
Depois, lembro-me desta resposta e fico feliz, porque a minha missão na terra, ainda não terminou...


Já que me desafiou, agora vai ter, ou não, que ler um extrato do mais lindo livro desse autor:

Fernão Capelo Gaivota



"A maior parte das gaivotas não se querem incomodar a aprender mais do que os rudimentos do voo, como ir da costa à comida e voltar. Para a maior parte das gaivotas, o que importa não é saber voar, mas comer, como de resto a maior parte dos seres humanos. Porém, para esta gaivota, o mais importante não era comer, mas sim voar, saber mais, conhecer mais 'alto'.


Mais que tudo, Fernão Capelo Gaivota adorava voar. Mas, como veio a descobrir, esta maneira de pensar e de ser diferente não o fazia muito popular entre as outras aves, em especial dos 'chefes do bando' que o obervavam desconfiados. Até os próprios pais se sentiam desanimados ao verem que Fernão passava os dias sozinho, a experimentar, a cogitar, fazendo centenas de voos...


Não sabia porquê, mas, por exemplo, quando voava sobre a água a uma altitude inferior ao comprimento das suas asas abertas, conseguia manter-se no ar durante mais tempo e com menos esforço. Os seus voos não acabavam com o habitual mergulhar de patas abertas no mar, mas com um pousar leve, de patas bem unidas ao corpo. Quando começou a pousar em pé sobre a praia e depois a medir o comprimento da aterragem, os pais ficaram deveras preocupados.




-Porquê? Fernão, porquê? - perguntava-lhe a mãe - Por que não podes ser como o resto

do bando? Por que não deixas os voos rasos para os pelicanos e para o albatroz?

Por que não comes? Filho, és só penas e osso!


-Não me importo de ser só penas e ossos, mãe. Só quero saber aquilo que consigo fazer no ar,

e o que não consigo, mais nada. Só quero saber.




-Ouve lá, Fernão - disse-lhe o pai com bondade - O Inverno aproxima-se, haverá poucos

barcos e o peixe das superfícies irá para zonas mais profundas. Essa história dos voos está

muito bem, mas sabes que não te podes alimentar só disso. Se tens mesmo de estudar, então

estuda a comida e a forma de a conseguir. Não te esqueças que a razão por que voas é comer.






Fernão baixou a cabeça, obediente. Durante os dias seguintes tentou comportar-se como todas as outras gaivotas, tentou mesmo a sério, disputando com o resto do bando a comida dos pontões e dos barcos de pesca, mergulhando para apanhar pedaços de peixes e pão. Mas não conseguiu.




"É tão inútil", pensou, deixando cair deliberadamente uma anchova, que lhe custara bastante a apanhar, aos pés de uma velha gaivota que o perseguia. Poderia ter passado todo este tempo a aprender a voar...





E há tanto para aprender!"
.......................

Que lição maravilhosa!, Aliás, todo o livro é um manancial de ensinamentos que, nem toda a gente entende!... Por quê, termos que ser iguais aos outros?...

Peço desculpa pelo tamanho do texto, mas foi supererior às minhas forças...

Uma tarde em que voe mais alto, e seja o sr. mesmo, sem ter que ser igual a ninguém,é o que lhe desejo!

Anita