quarta-feira, 7 de julho de 2010

Um par de razões

Não fazemos nada que não seja motivado por razões exteriores ou interiores que suportam toda a acção. Podem ser razões fúteis ou plenamente fundidas na existência profunda do ser. Mas há sempre razões que determinam todas as coisas. Há coisas e coisas e há razões e razões. Um par de razões fazem falta para sustentar toda a vida, determinando-a num único e mesmo rumo, sem vacilar, consciente de que não há outro caminho nem outro lugar, onde queira estar. Um par de razões que permanecem para sempre como fonte segura que alimenta a decisão. Um par de razões sem refúgio mas claras e certeiras de todas as outras decisões, pensamentos, vontades e sentimentos. Um par de razões que não precisam justificação nem requerem julgamento posterior. Um par de razões que valem por si mesmas. Um par de razões que forjam a vontade e determinam a palavra. Um par de razões que são razão de toda a vida. Por um par de razões se vive para sempre um único e mesmo ideal. Procura-se um par de razões que possa ser razão para toda a vida.

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