sábado, 3 de julho de 2010

Bom conselho

Põe sempre os nomes aos bois
Nas histórias que contares.
Ou logo os burros depois
Se queixam de os retratares:
"Mas são as minhas orelhas!
Este azurrar é o meu!
Se estas são minhas guedelhas!
Ai este burro sou eu!
Não me nomeie ele embora,
Toda a Pátria vai agora
Saber-me por burro, hin-hã!
Ai que eu, hin-hã, hin-hã!"
- Quiseste a um burro poupar...
Logo doze hão-de zurrar.

Poema: Heine
Fotografia: Simon Jenkins

1 comentário:

Transmontana disse...

Que belo exemplar de uma raça em vias de extinção!!!

Tenha um bom domingo!
Anita