A
voz e a Cheia de Graça
Lucas 1, 26-38
Vinha
de silêncio a voz que te visitava
e,
nos arroios da tua madrugada,
deslumbrada,
se tonificava
à
superfície da tua beleza ela dançava
e,
se já era uma voz veloz e alada,
no
teu ser se (a)firmava
via-te
inteira, como o céu donde baixava,
onde
tudo é inteiro e, volteando de atenção,
em
ti o céu reencontrava
e,
dos fios laboriosos que tua escuta fiava,
a
voz teceu uma exultante anunciação
e
a tua Graça agasalhava
no
vestíbulo da perturbação a voz melodiava
a
consolar a espera, em notas da tua alegria
e o
tempo já serenava
na
incisão da confiança a Palavra se semeava,
a
arte materna a acolhia, na Graça se dizia.
A voz
silenciava
e a tua fé
peregrinava…
Ir.
Maria José Oliveira, SFRJS
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