quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

"Silêncio"


O Papa Francisco recebeu esta quarta-feira em audiência o realizador Martin Scorsese, que esteve presente numa antestreia do seu mais recente filme em Roma.
O filme “Silêncio”, baseado no livro do mesmo nome de Shusako Endo, é a concretização de um sonho de Martin Scorsese que, desde 1991, tentou transpor para o cinema esta obra que relata a presença dos missionários jesuítas portugueses no Japão do séc. XVII, numa época em que o cristianismo foi duramente perseguido.
Scorsese chamou um padre jesuíta para seu conselheiro, as filmagens decorreram essencialmente em Taiwan e ontem à noite a obra visionada em Roma por mais de 200 jesuítas, ainda antes da sua divulgação pública, prevista para Dezembro.
O Papa Francisco que, quando era um jovem jesuíta tinha o sonho de ser missionário no Japão, ainda não viu o filme, mas esta quarta-feira de manhã recebeu o realizador, com a sua mulher e filhas.
Scorsese ofereceu ao Papa dois quadros relacionados com os cristãos desta época, um deles com a uma imagem de Nossa Senhora, pintada por um japonês e muito venerada nesses tempos de perseguição.
Francisco disse que já leu o livro “Silêncio”, sublinhou a semente deixada nessa época pelos jesuítas e recordou o museu dos 26 mártires que hoje existe em Nagasaki.
A propósito deste filme, Scorsese disse numa entrevista que a religião católica moldou a sua educação em jovem, mas que agora, à medida que envelhece, as perguntas sobre o sentido da vida tornam-se mais frequentes.
À procura de respostas, o realizador garante que “a explicação da ciência só, não chega” e que “progredimos muito no exterior”, mas não “do ponto de vista interior”, relacionado com “a alma e o coração”.
O mais recente filme de Scorsese estreia em Portugal no dia 29 de Dezembro.
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