«A
Mãe de Nosso Senhor vem até nós! E também nós, como filhos, exclamamos à
maneira de Isabel: «Bendita é tu entre as mulheres»! Há quase cem anos – num
contexto mundial de guerra e de distanciamento de Deus – a Virgem Maria
apareceu a três crianças na Cova da Iria. Trouxe consigo a mensagem do amor e
da misericórdia de Deus; trouxe consigo a expressão e afirmação maternal de que
Deus não desistiu nunca da humanidade. Mas trouxe consigo também, à liberdade
da humanidade, os pedidos de oração, penitência e conversão.
Foi
o clamor do filhos que fez a Mãe falar. Muitos de nós aprendemos a rezar
conduzidos pela Mãe do Céu. Foi por ela que melhor entendemos e acolhemos Jesus
Cristo, foi por ela que melhor confiámos a Deus a nossas vidas.
Se a dramaticidade da história dos homens não tem de
ter, necessariamente e a priori, um desfecho negativo, teremos, no
entanto, de convergir para o facto de que ela se constitui como uma ameaça para
a felicidade humana. Transversalmente a épocas,
continentes e experiências humanas,
as guerras e destruições de povos e da própria
natureza são uma das expressões dos dramas mal resolvidos.
É aqui que a Mensagem de Fátima aparece e pode ser
lida como o triunfo do amor nos dramas da história, uma expressão da
misericórdia de Deus, um eco do Evangelho para o nosso
tempo, uma mensagem que se
«destina de modo particular aos homens do nosso século, marcado pelas guerras, pelo ódio, pela violação dos
direitos fundamentais do homem,
pelo enorme sofrimento de homens e nações e, por fim, pela luta contra Deus até à negação da sua
existência».
«Fátima apresenta-se como um sinal de Deus
para a nossa geração, uma palavra profética para o nosso tempo, uma
intervenção divina na história
da humanidade mediante o rosto materno de Maria».
Foi o clamor dos filhos que fez falar a Mãe,
dizia-nos João Paulo II.» Texto do Santuário de Fátima
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