Tocar para dar vida.
A força, o calor, a sensibilidade, a proximidade, podem curar. Apaziguar, revitalizar, elevar, trazer à vida, tornar presente. Tocar para ser, existir, encontrar-se, perceber. Tocar com a mão, o dedo, o olhar, com a palavra. Tocar profundamente, no corpo, na alma, na chaga. Tocar para dar vida. Aprender a tocar é exercício necessário para quem quer viver e dar vida.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
É só pensar
"Quando queremos tudo antes. É um erro fazer da vida um lugar onde as coisas acontecem antes de acontecer. Queremos usufruir antes de ter. Viver antes de acontecer. Ter antes de ganhar. Ser felizes antes de conquistar a felicidade. É um ter e ser e estar ante de que seja verdade e possível o que pretende experimentar. Trocamos as coisas e em vez de pensar que a vida é uma conquista da felicidade, pensamos que temos que ser felizes sem fazer nada para alcançar a felicidade. Pretendemos ser sábios sem primeiro aprender os mistérios do conhecimento. Queremos ter sem primeiro pagar. Primeiro expeimentamos, sufruimos, gastamos, gozamos e depois... Esquecemos que os sacrifícios, o esforço, o trabalho são o caminho para alcançar e não o preço a pagar depois de ter conseguido. Que diferença faz? Toda a diferença. Enquanto me esforço, para alcançar eu sou já feliz, eu já saboreio o que ainda não me é dado só pelo vontade de chegar aonde tenho de chegar. Quando se alcança o que se pretende há um sabor a vitória. Quando se consegue o que se quer sem esforço, depois há que pagar o que se usufruiu, porque nesta vida tudo se paga. Então, depois de tudo vem o castigo. Gozaste? Agora pagas. Em vez do sabor a vitória vem a desilusão e o sabor a derrota. Eu pensava que era feliz e afinal, passou tão depressa o prazer e agora tenho que penar sem esperar mais nada. Desilusão.. É assim que muita gente anda desiludida. Já experimentaram tudo, não há mais nada a esperar e a vida tornou-se num campo de concentração e trabalhos forçados. Agora é só penar."
domingo, 27 de junho de 2010
Tu estás em mim
sábado, 26 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Outra razão
Por detrás de tudo está a outra razão. Há uma razão à vista de todos. Nem sempre essa razão é a primeira, a melhor, a mais válida. Muitos deitam palpites, atiram sugestões, fazem propostas. Todas ao lado. A razão. É necessário ir à primeira razão. Esta primeira razão esconde-se no segredo do coração e fechada para que não se desmorone o projecto já alcançado. Todos julgam ter alcançado o sucesso. E sim, é um verdadeiro sucesso. Mas a razão primeira, a mãe de todas as razões essa é que é o objectivo principal e ainda não foi atingido. Quem pode conhecer o coração? Quem pode chegar ao mais profundo do ser? Quem pode conhecer a razão primeira de todas as coisas para cantar vitória? Ainda não. Ainda é muito cedo. Quando lá chegarmos haverá os que dizem: "Eu já sabia" os que afirmam: "Eu já desconfiava" os que simplesmente ficam envergonhados por ter pensado pouco, os que se desiludem por ter corrido tanto quando era já ali e os que sentem ter valido a pena correr mesmo sem conhecer a razão, a primeira razão. Afinal! Porque razão faço o que faço e não faço outra coisa?
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Que nenhuma estrela queime o teu perfil
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Sim, tem a ver com todos nós
Reuniões, discussões, ideias "brilhantes", sugestões, especialistas, esperas, prazos, planos, decisões, realizações, culpas e fracassos…
… aqui não sei bem se é para rir ou para chorar
«A BP aceitou criar um fundo de 20 mil milhões de dólares (mais de 16 mil milhões de euros) para indemnizar as pessoas afectadas pela maré negra, desencadeada pela explosão de uma das suas plataformas no golfo do México.
(…) Desde a explosão da plataforma Deepwater Horizon, a 20 de Abril, a companhia petrolífera já gastou mil milhões de dólares (mais de 800 milhões de euros) nos trabalhos de limpeza. E esse custo irá continuar a aumentar, já que se prevê que apenas no final do Verão a fuga fique totalmente selada.
(…)
Além disso, lembrou que esta é já "a pior catástrofe ecológica vivida nos EUA", indicando que "ao contrário de um sismo ou um ciclone, não é um acontecimento pontual que provoca danos em alguns minutos ou dias". Obama comparou a maré negra a uma "epidemia", que terá de ser combatida "durante meses e até anos".
O Presidente espera que este acidente sirva ainda para avançar na nova lei de energias renováveis. "A tragédia que atinge as nossas costas é uma lembrança dolorosa e forte que chegou a hora de adoptar as energias limpas do futuro", afirmou.» in Diário de Notícias 17-6-10
… aqui não sei bem se é para rir ou para chorar
«A BP aceitou criar um fundo de 20 mil milhões de dólares (mais de 16 mil milhões de euros) para indemnizar as pessoas afectadas pela maré negra, desencadeada pela explosão de uma das suas plataformas no golfo do México.
(…) Desde a explosão da plataforma Deepwater Horizon, a 20 de Abril, a companhia petrolífera já gastou mil milhões de dólares (mais de 800 milhões de euros) nos trabalhos de limpeza. E esse custo irá continuar a aumentar, já que se prevê que apenas no final do Verão a fuga fique totalmente selada.
(…)
Além disso, lembrou que esta é já "a pior catástrofe ecológica vivida nos EUA", indicando que "ao contrário de um sismo ou um ciclone, não é um acontecimento pontual que provoca danos em alguns minutos ou dias". Obama comparou a maré negra a uma "epidemia", que terá de ser combatida "durante meses e até anos".
O Presidente espera que este acidente sirva ainda para avançar na nova lei de energias renováveis. "A tragédia que atinge as nossas costas é uma lembrança dolorosa e forte que chegou a hora de adoptar as energias limpas do futuro", afirmou.» in Diário de Notícias 17-6-10
terça-feira, 22 de junho de 2010
a borboleta
De manhã bem cedo
uma borboleta
saiu do casulo.
Era parda e preta.
Foi beber ao açude.
Viu-se dentro da água.
E se achou tão feia
que morreu de mágoa.
Ela não sabia
- boba! - que Deus deu
para cada bicho
a cor que escolheu.
Um anjo a levou,
Deus ralhou com ela,
mas deu roupa nova
azul e amarela.
Poema Odylo Costa, Filho
Fotografia: Shane Perry
uma borboleta
saiu do casulo.
Era parda e preta.
Foi beber ao açude.
Viu-se dentro da água.
E se achou tão feia
que morreu de mágoa.
Ela não sabia
- boba! - que Deus deu
para cada bicho
a cor que escolheu.
Um anjo a levou,
Deus ralhou com ela,
mas deu roupa nova
azul e amarela.
Poema Odylo Costa, Filho
Fotografia: Shane Perry
segunda-feira, 21 de junho de 2010
domingo, 20 de junho de 2010
O Final
Com bastante sono, eis os atletas no regresso a casa. Foi divertido, valeu a pena. Parabéns a todos e obrigado aos professores que colaboraram, Professora Palmira e Professor Abílio
Passeio de final de Ano
Alunos do 7º e 9º Ano fizeram um fim de semana antecipado em Esposende.
Praia, Jogo Nocturno pelas ruas de Fão e muita animação.
Da Felicidade
sábado, 19 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Portugal futuro
O portugal futuro é um país aonde o puro pássaro é possível e sobre o leito negro do asfalto da estrada as profundas crianças desenharão a giz esse peixe da infância que vem na enxurrada e me parece que se chama sável. Mas desenhem elas o que desenharem é essa a forma do meu país e chamem elas o que lhe chamarem portugal será e lá serei feliz. Poderá ser pequeno como este ter a oeste o mar e a espanha a leste tudo nele será novo desde os ramos à raiz . À sombra dos plátanos as crianças dançarão e na avenida que houver à beira-mar pode o tempo mudar será verão. Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz mas isso era o passado e podia ser duro edificar sobre ele o portugal futuro.
Ruy Belo
(1933-1978)
Ruy Belo
(1933-1978)
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Anjos ou deuses
Anjos ou deuses, sempre nós tivemos,
A visão perturbada de que acima
De nós e compelindo-nos
Agem outras presenças.
Como acima dos gados que há nos campos
O nosso esforço, que eles não compreendem,
Os coage e obriga
E eles não nos percebem,
Nossa vontade e o nosso pensamento
São as mãos pelas quais outros nos guiam
Para onde eles querem
E nós não desejamos.
Poema: Ricardo Reis
Fotografia: Paolo Bevilacqua
A visão perturbada de que acima
De nós e compelindo-nos
Agem outras presenças.
Como acima dos gados que há nos campos
O nosso esforço, que eles não compreendem,
Os coage e obriga
E eles não nos percebem,
Nossa vontade e o nosso pensamento
São as mãos pelas quais outros nos guiam
Para onde eles querem
E nós não desejamos.
Poema: Ricardo Reis
Fotografia: Paolo Bevilacqua
terça-feira, 15 de junho de 2010
Gente Humana
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Só há um modo verdadeiro de rezar...
Deus não aparece no poema
apenas escutamos a sua voz de cinza
e assistimos sem compreender
a escuras perícias
A vida reclama inventários e detalhes
não a oiças
quando inutilmente perscruta as sequências
do seu trânsito
apenas escutamos a sua voz de cinza
e assistimos sem compreender
a escuras perícias
A vida reclama inventários e detalhes
não a oiças
quando inutilmente perscruta as sequências
do seu trânsito
Só há um modo verdadeiro de rezar
estende o teu corpo ao longo do barco
que desce silencioso o canal
e deixa que as folhas mortas dos bosques
te cubram
Poema: José Tolentino Mendonça
domingo, 13 de junho de 2010
Nossa Senhora dos Remédios - Lamego
Os factos e os frutos
Perante a vida, tens dois caminhos. Podes revoltar-te com tantas atitudes injustas que a vida teve para contigo; ou podes centrar o olhar nas coisas positivas que te rodeiam, no bem que recebeste, nos talentos e possibilidades de que dispões.
Se ficares agarrado às experiências negativas da vida, dir-te-ei: tens razão… mas é pouca. E a pouca que tens de nada te serve. É que, de facto, nos dois caminhos tens razão. Mas se te centrares no negativo entrarás num caminho que não leva a lado nenhum.
Pelo contrário, se te centrares no bem, não só o teu olhar se irá purificar como a tua capacidade de fazer o bem se multiplicará. A verdade não se revela apenas pelos factos, revela-se muito mais pelos frutos
Se ficares agarrado às experiências negativas da vida, dir-te-ei: tens razão… mas é pouca. E a pouca que tens de nada te serve. É que, de facto, nos dois caminhos tens razão. Mas se te centrares no negativo entrarás num caminho que não leva a lado nenhum.
Pelo contrário, se te centrares no bem, não só o teu olhar se irá purificar como a tua capacidade de fazer o bem se multiplicará. A verdade não se revela apenas pelos factos, revela-se muito mais pelos frutos
sábado, 12 de junho de 2010
É só isto...
François é cantor de ópera.
Nós caminhamos juntos pela margem do rio que banha Strasburgo.
Conversamos sobre a necessidade que o homem tem de compreender a si mesmo.
Em dado momento, passamos perto de uma pequena passarela que cruza o rio, e François comenta: “existe quem é capaz de construir pontes entre os seres humanos. São trabalhos que repercutem durante muitos anos, e ajudam a raça humana a crescer. Tudo que eu tenho a compartilhar, entretanto, é a beleza da música. Quando estou no palco, um laço fino, mas suficientemente forte me permite comunicar a poesia de quem escreveu as árias. A beleza nos ajuda a ficar mais perto de Deus. Ela pode não ter a força de uma ponte, mas tem a utilidade de uma passarela que, mesmo aparentemente frágil, cumpre sua missão de transportar os homens sobre águas turbulentas”.
Paulo Coelho
Nós caminhamos juntos pela margem do rio que banha Strasburgo.
Conversamos sobre a necessidade que o homem tem de compreender a si mesmo.
Em dado momento, passamos perto de uma pequena passarela que cruza o rio, e François comenta: “existe quem é capaz de construir pontes entre os seres humanos. São trabalhos que repercutem durante muitos anos, e ajudam a raça humana a crescer. Tudo que eu tenho a compartilhar, entretanto, é a beleza da música. Quando estou no palco, um laço fino, mas suficientemente forte me permite comunicar a poesia de quem escreveu as árias. A beleza nos ajuda a ficar mais perto de Deus. Ela pode não ter a força de uma ponte, mas tem a utilidade de uma passarela que, mesmo aparentemente frágil, cumpre sua missão de transportar os homens sobre águas turbulentas”.
Paulo Coelho
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Um pássaro na cabeça
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Há sempre qualquer coisa
É verdade que nem tudo será bom. Nem tudo será agradável. Nem tudo será como gostarias que fosse. Mas em cada momento há algo que te está a ser oferecido. Em cada conversa, em cada aula, em cada reunião, em cada encontro, há qualquer coisa especial que deves aproveitar.
Não te detenhas no passado. Não te prendas ao futuro. Vive cada momento em atenção permanente. Em ti, no outro, à tua volta algo de bom está a acontecer. Saboreia-o: pode ser uma palavra, pode ser um gesto; pode ser uma paisagem, pode ser uma história. Seja o que for, nunca deixes uma pessoa ou um lugar sem reparar no bem que levas contigo.
Não te detenhas no passado. Não te prendas ao futuro. Vive cada momento em atenção permanente. Em ti, no outro, à tua volta algo de bom está a acontecer. Saboreia-o: pode ser uma palavra, pode ser um gesto; pode ser uma paisagem, pode ser uma história. Seja o que for, nunca deixes uma pessoa ou um lugar sem reparar no bem que levas contigo.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Uma
"Diz somente uma palavra e o teu servo ficará curado".
Ensina-me a dizer uma palavra, uma única palavra. Ou ensina-me a calar uma palavra. Ou dá-me a capacidade de ser palavra. Diz Tu uma palavra, aquela palavra que preciso para que seja curado de todas as palavras que digo sem sentido, que ferem e matam. Diz Tu uma palavra que cura a morte do silêncio das palavras que não digo e fazem falta. Diz Tu uma palavra que me faça palavra em todas as horas, palavra sem som, palavra silêncio, palavra vida, ou simplesmente palavra. Diz somente uma palavra e isso basta para que todas as palavras reencontrem o sentido da palavra que Tu és.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Atitudes
Mais que argumentos, convencem as atitudes. Podemos encontrar inúmeras desculpas para nos justificar, querendo salvar aparências ou não arranjar demasiados conflitos. Contudo, acredito que é apenas uma solução provisória. Gastamos muita energia quando nos esforçamos por esconder e adiar gestos que construam, de facto, algo positivo.
Temos imensa vontade de resolver questões pendentes, sentirmo-nos confortáveis naquilo que fazemos, sermos aceites naquilo que somos. Por isso, vivemos numa tensão constante entre imagem e verdade.
Seria muito mais fácil se deixássemos acontecer aquilo que somos. Talvez não tenhamos os resultados imediatos que queremos, mas podemos terminar o dia contentes com o que fomos verdadeiramente.
Temos imensa vontade de resolver questões pendentes, sentirmo-nos confortáveis naquilo que fazemos, sermos aceites naquilo que somos. Por isso, vivemos numa tensão constante entre imagem e verdade.
Seria muito mais fácil se deixássemos acontecer aquilo que somos. Talvez não tenhamos os resultados imediatos que queremos, mas podemos terminar o dia contentes com o que fomos verdadeiramente.
domingo, 6 de junho de 2010
Tenho uma coisa para te devolver
Tenho uma coisa para te entregar,
uma pedra a pôr no chão da rua,
uma lunar presença sob o sol.
Tenho uma coisa para te devolver,
para ficar minha sendo tua,
aquecida no tempo e nestes olhos.
Tenho uma coisa que eu te posso dar
que é o vento a vir atrás do verde
e a dizer azul no teu cabelo.
Pedro Tamen
(n. 1934)
uma pedra a pôr no chão da rua,
uma lunar presença sob o sol.
Tenho uma coisa para te devolver,
para ficar minha sendo tua,
aquecida no tempo e nestes olhos.
Tenho uma coisa que eu te posso dar
que é o vento a vir atrás do verde
e a dizer azul no teu cabelo.
Pedro Tamen
(n. 1934)
sábado, 5 de junho de 2010
Nada es imposible para ti - Hermana Glenda
Às vezes há coisas que não controlamos e nos escapam, mas o Senhor sabe perfeitamente o que fazer. Nós desconhecemos, mas Ele conhece. Nós não temos saída, mas Ele tem. Nós perdemo-nos, mas Ele conhece o caminho. Nós não temos resposta, mas Ele tem sempre uma resposta. Para nós não vale a pena, mas para Ele sempre vale a pena. Nós julgamos, mas Ele salva. Nós contabilizamos e Ele distribui. Nós impedimos e Ele dá liberdade. Nós justificamos e Ele não precisa de explicações. Ele sabe e conhece-nos perfeitamente.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Uma breve definição sobre Deus
Durante a feira do livro em Buenos Aires de 1995, conheci um jovem escritor chamado Gabriel Rugiero. Saímos para jantar com amigos, entre eles alguns que não acreditavam no mundo espiritual.
Algumas garrafas de vinho depois, uma destas pessoas desafiou Gabriel a definir Deus.
“Não se pode definir”, disse ele. “Mas eu diria que Deus é a poesia que deu origem aos versos. É sábio como a água do rio que conhece tudo, e paciente como o pescador que espera o momento certo. Deus é uma lanterna perdida, que – pouco a pouco – vai fazendo com que mais e mais pessoas se preocupem em buscá-la”.
“Não posso obrigar ninguém a acreditar Nele, mas posso pedir que tente escutar as palavras do próprio coração; ali dentro, está escondia a voz da Divindade; se fizer isto, irá com certeza escutar Sua voz”. Paulo Coelho
Algumas garrafas de vinho depois, uma destas pessoas desafiou Gabriel a definir Deus.
“Não se pode definir”, disse ele. “Mas eu diria que Deus é a poesia que deu origem aos versos. É sábio como a água do rio que conhece tudo, e paciente como o pescador que espera o momento certo. Deus é uma lanterna perdida, que – pouco a pouco – vai fazendo com que mais e mais pessoas se preocupem em buscá-la”.
“Não posso obrigar ninguém a acreditar Nele, mas posso pedir que tente escutar as palavras do próprio coração; ali dentro, está escondia a voz da Divindade; se fizer isto, irá com certeza escutar Sua voz”. Paulo Coelho
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Corpus Christi
Ave Verum Corpus, K.618 - conhecida obra que Mozart terminou a 17 Junho de 1791 para a festa litúrgica do Corpus Christi (expressão em latim que significa Corpo de Cristo) que hoje se celebra.
O poema/oração usado como texto do Ave Verum foi escrito no séc. XIV.
Fica como sugestão de audição a interpretação profundamente sentida do grande maestro Leonard Bernstein, dirigindo o Coro e Orquestra Sinfónica de Bayerischen Rundfunks:
O poema/oração usado como texto do Ave Verum foi escrito no séc. XIV.
Fica como sugestão de audição a interpretação profundamente sentida do grande maestro Leonard Bernstein, dirigindo o Coro e Orquestra Sinfónica de Bayerischen Rundfunks:
Profecia
Algum dia há-de ser um novo dia!
Se realmente o tempo se renova...
Sepultado nesta cova de rotina,
a ver o sol pousar sobre as colina
sem frente,
em vez de me entregar
ao sono paciente de morrer,
ponho-me a futurar o amanhecer.
Se realmente o tempo se renova...
Sepultado nesta cova de rotina,
a ver o sol pousar sobre as colina
sem frente,
em vez de me entregar
ao sono paciente de morrer,
ponho-me a futurar o amanhecer.
E com toda a inquieta
seriedade sacra de um poeta
que descortina
a universal e própria salvação,
vejo na imprecisão
que a próxima alvorada
- ou ela, ou outra, ou outra, ou outra ainda -
dará por finda
esta luz monótona e cansada.
Miguel Torga
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Dia da Criança
Com música, teatro, poesia e pintura, festejamos o Dia da Criança na Eb 2,3 /S de Vila Flor. Louvamos aqueles que participaram, alunos e professores. A Organização esteve a cargo da Professora Beatriz, que com mestria singular, faz a diferança. Parabéns
Que razões
" Esta tendência louca de atirarmos para cima dos outros as razões das nossas razões e os motivos dos nossos motivos e as consequências das nossas consequências. E que tal assumir. Parece que o sol quando nasce é para os outros e a lua só ilumina o quintal do vizinho. A brasa é mais forte na sardinha dos outros e os sapatos só fazem calos nos meus pés. A vida tem portas para uns janelas para outros e para mim é um beco sem saída. Todas sabem, todos são bons, todos são escolhidos, eu sou o último a saber, nunca me reconhecem o valor e nunca sou escolhido. Todos passaram por ali e só em mim o pássaro ... Que tal assumir? Todos tiveram vidas fáceis, as oportunidades abriram-se para todos e os resultados foram sempre acima das expectativas. Só a minha vida é difícil, só eu tenho que trabalhar, só para mim se fecharam as portas e os resultados estão à vista, uma verdadeira desgraça.
O reino do eu é realmente complicado. Quando nos dá para a desgraça não vemos nada. Às vezes temos o mundo aos pés e ainda desdenhamos da sorte que nos coube. estamos de barriga cheia e ainda nos parece pouco olhando o pouco ou nada dos outros que nos parece tanto.
De facto, o pouco dos pobres vivido com alegria parece muito e o muito dos ricos sem alegria parece pouco e ninguém lhe quer pegar. Não andaremos demasiado tristes sem razão para as razões que queremos apresentar? Acho que sim."
O reino do eu é realmente complicado. Quando nos dá para a desgraça não vemos nada. Às vezes temos o mundo aos pés e ainda desdenhamos da sorte que nos coube. estamos de barriga cheia e ainda nos parece pouco olhando o pouco ou nada dos outros que nos parece tanto.
De facto, o pouco dos pobres vivido com alegria parece muito e o muito dos ricos sem alegria parece pouco e ninguém lhe quer pegar. Não andaremos demasiado tristes sem razão para as razões que queremos apresentar? Acho que sim."
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