segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Centro é um homem: Jesus de Nazaré


O último livro de Joseph Ratzinger,Jesus de Nazaré. Da entrada em Jerusalém até à ressurreição, colocou em discussão, uma vez mais, a figura de Cristo e o que Dele podemos afirmar. Ratzinger defende que há uma continuidade entre o Jesus histórico e o Jesus eclesial.
Neste sentido, recordo uma interessante conferência de Enzo Bianchi onde, a um dado momento, afirma claramente que no centro do cristianismo está um homem: Jesus de Nazaré. Ou seja, para o cristianismo o mais importante não é a bíblia ou até o próprio termo “Deus”. Os cristãos devem acreditar naquilo que Jesus revelou ou narrou do Pai. Tudo o resto podem ser “projecções”.
Como hoje o termo “Deus” é ambíguo, torna-se necessário falar de Cristo, da vida humana de Jesus. Isto porque, segundo Enzo Bianchi, Jesus ainda não foi rejeitado (ao contrário da Igreja). E então, partindo da vida humana de Cristo, é possível identificar os sinais de Deus e, paulatinamente, chegar à Igreja (que é a memória de Cristo na História).

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