domingo, 26 de abril de 2009

A paz sem vencedor e sem vencidos

Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça.
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos

Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos

Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos
Sophia de Mello Breyner Andresen. Dual

2 comentários:

fénix renascida disse...

Isso seria algo de novo...
Não me parece que esteja na nossa natureza tratarmo-nos de igual para igual, mas há que tentar...
Lindo trecho, este de Sophia de Mello Breyner. Também apreciei o anterior, do poeta transmontano que tem, por pseudónimo, o nome de Miguel Torga (terá sido um grande homem, esse Sr. Adolfo Correia da Rocha! Desses que já não se vêm por aí, pois serão poucos...)

Anónimo disse...

Não, essa paz é a paz interior, e não é nada de novo. Sempre houve homens e mulheres assim em todos os tempos. O que acontece é que nem todos a querem.

Luz.