quarta-feira, 17 de abril de 2013

Inútil qualquer palavra

 
 
Inútil, inútil, inútil,
qualquer palavra.
Aparece-lhe, apenas.
Olha p'ra ela, simplesmente,
com essa serenidade
que só Tu e os santos sabeis ter.
Ela compreenderá.
Ela te seguirá por todos os abismos,
por todos os infernos,
pelos caminhos todos
e por todas as dores necessárias
para chegar ao Reino da Verdade.
 
Nem palavras, nem mesmo mensageiros.
Tu sómente, Senhor!, Tu lhe apareces
com Teu silêncio grávido da Tua
Revelação.
Ela compreenderá.
 
Sebastião da Gama, 
em Cabo da Boa Esperança (1946)
 
 
 

1 comentário:

Flor M disse...

Bom dia..

Lindo poema..... e cada palavra toca ..... e sentimos que é assim.......



O silêncio interior é o ponto de encontro da alma com Deus.

Lubienska de Lenval

Um Bom Bom dia um bjs.