segunda-feira, 29 de abril de 2013

Maneira de agir


"É evidente que precisamos de tolerância em nosso caminho. Não adianta ficar o tempo todo brigando com o mundo, só porque certas pessoas não respeitam a nossa busca ou o nosso sonho.
As coisas que nos são queridas, assim permanecerão para sempre – e às vezes, escutar uma opinião exatamente contrária a nossa, termina por enriquecer e esclarecer um ponto que nos parecia obscuro.
Entretanto, não podemos confundir tolerância com passividade. Nos pontos mais delicados, devemos estar seguros de nossa decisão e da capacidade de seguir adiante.
Uma pequena história da sabedoria árabe, anotada por Mansour Challita, nos recorda a melhor maneira de agir:
Um pastor disse ao seu pai: “ensina-me a bondade”. Respondeu o pai: “ser bom como o cordeiro, mas que a tua mansidão não faça o lobo tornar-se valente demais”. Paulo Coelho

domingo, 28 de abril de 2013

Colaborar com Deus...

 
"É claro que nem sempre as coisas acontecem como queríamos que acontecessem.
Existem momentos em que sentimos que estamos buscando algo que não está reservado para nós, dando murros em portas que não se abrem, esperando milagres que não se manifestam.
Ainda bem que as coisas são assim – se tudo andasse como a gente quer, em breve não íamos ter mais assunto para escrever o roteiro dos nossos dias.
Quando estivermos diante de situações que não conseguimos ultrapassar, relaxemos. O universo, embora não consigamos compreender, continua trabalhando por nós em segredo.
Nestes momentos em que não podemos ajudar, prestar atenção as coisas simples da vida – no pôr do sol, nas pessoas que passam na rua, num livro – é a melhor maneira de colaborar com Deus".
Paulo Coelho

sábado, 27 de abril de 2013

“ A Fé que não se apega, apaga-se”

Festa do Credo - 5º Ano da Catequese
 
Fazei do credo a vossa oração diária, para não esquecerdes o compromisso assumido com o Batismo”  (cf. Bento XVI, PF 9).
Texto lido pela Catequista
"Creio que a vida não é uma aventura para se viver segundo a moda corrente, mas um empenho no plano que Deus tem para cada um: um projeto de amor que transforma a nossa existência. Creio que o que melhor pode acontecer a um Homem é encontrar Jesus Cristo, Deus Encarnado. N’Ele tudo –misérias, pecados, história, esperança- assume nova dimensão e significado. Creio que todo o Homem tem capacidade de renascer para uma vida genuína e digna em qualquer altura da sua vida. Compreendo profundamente que a graça de Deus não só tem poder de me fazer livre, mas até de vencer o mal."
 
Bento XVI, PF 9: «Não foi sem razão que, nos primeiros séculos, os cristãos eram obrigados a aprender de memória o Credo. É que este servia-lhes de oração diária, para não esquecerem o compromisso assumido com o Batismo. Recorda-o, com palavras densas de significado, Santo Agostinho quando afirma numa homilia sobre a Entrega do Credo: «O símbolo do santo mistério, que recebestes todos juntos e que hoje proferistes um a um, reúne as palavras sobre as quais está edificada com solidez a fé da Igreja, nossa Mãe, apoiada no alicerce seguro que é Cristo Senhor. E vós recebeste-lo e proferiste-lo, mas “Deveis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquecer durante as refeições; e, mesmo quando o corpo dorme, o vosso coração continue de vigília por ele»(Santo Agostinho, cit. Bento XVI, PF 9). »

A vida feliz

 
O Estado como Suporte para uma Vida Feliz
Os homens não se associam tendo em vista apenas a existência material, mas, antes, a vida feliz, pois, se fosse de outra forma, uma coletividade de escravos ou de animais seria um Estado, quando, na realidade, isto é uma coisa impossível, porque esses seres não têm qualquer participação na felicidade, nem na vida fundamentada em uma vontade livre.

Aristóteles, in 'A Política



quinta-feira, 25 de abril de 2013

Quebrar dia a dia...


 
Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.
Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer
o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!
Miguel Torga, in 'Cântico do Homem
 

domingo, 21 de abril de 2013

Dia Diocesano da Juventude





Da responsabilidade do Secretariado Diocesano da  Pastoral Juvenil, decorreu no Santuário de Nossa Senhora da Assunção de Vilas Boas, o Dia Diocesano da Juventude. Parabéns ao Secretariado e ao Pe. Eduardo, o seu grande dinamizador.

Consumidas...



MÃOS

Côncavas de ter

Longas de desejo
Frescas de abandono
Consumidas de espanto
Inquietas de tocar e não prender

in Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética I, Caminho

sábado, 20 de abril de 2013

Escutar o silêncio



"Vais pela estrada que é de terra amarela e quase sem nenhuma sombra. As cigarras cantarão o silêncio de bronze. À tua direita irá primeiro um muro caiado que desenha a curva da estrada. Depois encontrarás as figueiras transparentes e enroladas; mas os seus ramos não dão nenhuma sombra. E assim irás sempre em frente com a pesada mão do Sol pousada nos teus ombros, mas conduzida por uma luz levíssima e fresca... Caminha rente às casas. Num dos teus ombros pousará a mão da sombra, no outro a mão do Sol. Caminha até encontrares uma igreja alta e quadrada.
Lá dentro ficarás ajoelhada na penumbra olhando o branco das paredes e o brilho azul dos azulejos. Aí escutarás o silêncio. Aí se levantará como um canto o teu amor pelas coisas visíveis que é a tua oração em frente do grande Deus invisível."
 
Sophia de Mello Bryener - in Livro Sexto, 1962

 
 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O testemunho


«O testemunho de fé acontece de maneiras muito diversas; assim como num grande fresco, há variedade de cores e tons, mas todos eles são importantes, mesmo aqueles que não se destacam.
No grande plano de Deus cada detalhe é importante,  até mesmo o vosso, até mesmo o meu humilde e pequeno testemunho, até mesmo o testemunho oculto daqueles que vivem a sua  com simplicidade nas relações familiares quotidianas, relações de trabalho, amizades.
São os santos de cada dia, os santos “escondidos”, uma espécie de “classe média de santidade” à qual todos nós podemos pertencer.»

Excerto da homilia que o papa Francisco proferiu este domingo na basílica de São Paulo Fora de Muros, em Roma
(in site da Pastoral da Cultura)

 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Inútil qualquer palavra

 
 
Inútil, inútil, inútil,
qualquer palavra.
Aparece-lhe, apenas.
Olha p'ra ela, simplesmente,
com essa serenidade
que só Tu e os santos sabeis ter.
Ela compreenderá.
Ela te seguirá por todos os abismos,
por todos os infernos,
pelos caminhos todos
e por todas as dores necessárias
para chegar ao Reino da Verdade.
 
Nem palavras, nem mesmo mensageiros.
Tu sómente, Senhor!, Tu lhe apareces
com Teu silêncio grávido da Tua
Revelação.
Ela compreenderá.
 
Sebastião da Gama, 
em Cabo da Boa Esperança (1946)
 
 
 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Parabéns



Mais uma aniversariante... Parabéns
 

O incompreensível da vida...


 
 
 
 


Einstein dizia que a coisa mais incompreensível do universo é que ele seja compreensível; daí poder pensar que a coisa mais incompreensível da vida é que ela seja compreensível.
 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Parabéns... quem será?


Por onde e para onde...

"Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
- Sei que não vou por aí!"
                                                                              José Régio, Cântigo Negro

domingo, 14 de abril de 2013

DIA DIOCESANO DA JUVENTUDE


DIA 21 DE ABRIL  - DOMINGO
 
9.30 - CONCENTRAÇÃO NO DESVIO PARA O SANTUÁRIO
A PARTIR DAQUI, UM DIA EM CHEIO.
VEM E TRÁS A MERENDA.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Leva-me mais longe


 
 
 
 
É o que Te peço:
Leva-me mais longe.
Pega em mim e não me deixes aqui, parado.
Só Tu me podes levar mais longe. 'Preciso da tua graça para me lembrar de quem sou'.

sábado, 6 de abril de 2013

Lutar com palavras


Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça.

Carlos Drummind de Andrade, in 'Poesia Completa