sexta-feira, 30 de agosto de 2013
terça-feira, 27 de agosto de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Viagem
"Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar."
Viagem, Miguel Torga
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Tornar úteis os dias úteis
Às vezes, demasiadas vezes,
a vida assemelha-se a uma repartição
cinzenta,
onde os horários se cumprem sem empenho.
Estamos, mas fazemos sem compromisso
íntimo.
Falamos e fazemos,
mas sentindo o nosso interesse noutro
lado.
Vivemos, claro, mas com o coração
distante.
Como é necessário tornar realmente úteis
os dias úteis!
Úteis não apenas por imposição do
calendário.
Úteis, porque vividos com generosidade e
sentido.
Úteis, porque não os atropelamos
na voragem das solicitações,
na dispersão das coisas,
mas sabemos (ou melhor, ousamos) fazer
deles
lugar de criação e descoberta,
tempo de labor e de escuta,
modo de acção e de contemplação.
É preciso acolher o “inútil”
se quisermos chegar ao verdadeiramente
útil.
P. José Tolentino Mendonça
sábado, 17 de agosto de 2013
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
terça-feira, 13 de agosto de 2013
sábado, 10 de agosto de 2013
terça-feira, 6 de agosto de 2013
domingo, 4 de agosto de 2013
Alfaiates da vida
Nós somos os alfaiates da
vida. Deus nos deu um bom tecido, e todo o material de costura.
Quando criança, nossos pais
costuram por nós. Nem sempre gostamos, mas – de qualquer forma – fazem com
amor.
Chega um momento, porém, que
cabe a nós pegar na agulha e na linha de nossas vidas. Mas não temos
disposição; então vamos à loja de departamentos da Sociedade, e usamos o que
podemos comprar.
Mesmo que não nos agrade, é o
que tem.
Às vezes, para adaptar o prêt-à-porter
de nossa existência ao nosso gosto pessoal, colocamos remendos – e fica pior.
Um dia, paramos e pensamos:
“quando criança, meus pais me vestiam. Quando adulto, a sociedade me veste.
Quando terei liberdade de criar minha própria roupa espiritual? ”
Então vemos a agulha, a linha,
e o tecido que Deus colocou para nós.
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Seguir adiante...
Para tanta gente que vive o drama da perda de um ente querido, e para as quais não temos muitas palavras...
"Nos dias de desespero logo após a morte da filha, a escritora Isabel Allende recebeu a visita da mãe. Ela trazia um pacote de cartas que Isabel havia lhe escrito. E disse:
“Esta dor é um túnel pelo qual tens que caminhar até chegar ao outro lado. Não há nenhuma maneira de evitar tal sofrimento; não há comprimidos, terapia, ou descanso. Precisas seguir adiante, até cruzar o túnel. Precisas viver cada etapa desta dor, e assimilá-la. Ela não irá partir nunca, vai ser parte de tua natureza daqui por diante – e é necessário aceitar isto”.
A mãe estendeu as cartas. Pouco a pouco, Isabel Allende foi revivendo todo o seu calvário com a doença da filha, entendendo seu próprio amor e suas limitações. No final, cruzou o túnel e aceitou a perda". Paulo Coelho
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