“Porque
é que o Verbo encarnou?”
O Verbo fez-Se carne para nos salvar,
reconciliando-nos com Deus: «Foi Deus que nos amou e enviou o seu Filho
como vítima de expiação pelos nossos pecados» (1 Jo 4, 10). «O Pai
enviou o Filho como salvador do mundo» (1 Jo 4,14). «E Ele veio para
tirar os pecados» (1 Jo 3, 5)
O Verbo fez-Se carne, para que assim conhecêssemos o
amor de Deus: «Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus
enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele» (1 Jo 4,
9). «Porque Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho Unigénito, para
que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo
3, 16).
O Verbo fez-Se carne, para ser o nosso modelo de
santidade: «Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim [...] » (Mt 11,
29). «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim» (Jo
14, 6).
O Verbo fez-Se carne, para nos tornar «participantes
da natureza divina» (2Pe 1, 4): «Pois foi por essa razão que o Verbo
Se fez homem, e o Filho de Deus Se fez Filho do Homem: foi para que o
homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo assim a adoção
divina, se tornasse filho de Deus»
Retomando a
expressão de São João («o Verbo fez-Se carne»: Jo 1, 14), a Igreja chama
«Encarnação» ao facto de o Filho de Deus ter assumido uma natureza humana, para
nela levar a efeito a nossa salvação.
A fé na verdadeira
Encarnação do Filho de Deus é o sinal distintivo da fé cristã: «Nisto haveis de
reconhecer o Espírito de Deus: todo o espírito que confessa a Jesus Cristo
encarnado é de Deus» (1 Jo 4, 2). É esta a alegre convicção da Igreja desde
o princípio, ao cantar «o grande mistério da piedade»: «Ele manifestou-Se na
carne» (1 Tm 3, 16).
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