Não o procures perto do mar,
não o procures
nas colinas.
Se o não descobres nos fenos,
se o não pressentes nas fontes,
procura-o nesta canção.
O seu canto vem doutro rio,
a fêmea doutro lugar.
Só quem ama assim as aves
traz o sol todo na mão.
O pão alvo está na mesa,
as azeitonas, o vinho,
ao lado a rosa, também ela
trazida doutra canção.
Não tardará que o melro branco
venha comer contigo
e com a luz fina de Abril.
Assim há-de cantar um dia
a terra
o seu coração pueril.
Eugénio de Andrade
não o procures
nas colinas.
Se o não descobres nos fenos,
se o não pressentes nas fontes,
procura-o nesta canção.
O seu canto vem doutro rio,
a fêmea doutro lugar.
Só quem ama assim as aves
traz o sol todo na mão.
O pão alvo está na mesa,
as azeitonas, o vinho,
ao lado a rosa, também ela
trazida doutra canção.
Não tardará que o melro branco
venha comer contigo
e com a luz fina de Abril.
Assim há-de cantar um dia
a terra
o seu coração pueril.
Eugénio de Andrade
Sem comentários:
Enviar um comentário