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terça-feira, 21 de maio de 2013

Nem tudo são palavras



 
«Lembra-te, antes de falares, que é necessário escutar e só então, das profundezas de um coração aberto, podes falar e Deus entende-te» (T. CALCUTÁ, No greater love, 9). Sabendo que Deus a conhecia (Slm 138, 1), Teresa reconheceu numa carta privada: «sinto um vazio e um silêncio tão grande que eu olho e não vejo, oiço e não escuto, a língua move-se e não falo» (T. CALCUTÁ, Come be my light, 270).
Como é que uma habitante da expectativa silenciosa consegue falar assim de Alguém que diz não escutar? Talvez porque num diálogo nem tudo sejam palavras.
 

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