No seu aparente fracasso, o caminho de
Jesus manifesta-se na total obediência à
vontade do Pai e num
sentido novo dado ao sofrimento.
Se até os discípulos, em vez de O
compreenderem, O atraiçoaram, como podemos
nós presumir que seremos
fiéis, ofuscados como andamos por mil luzes que nos
prometem uma
felicidade passageira?
Ousaremos fixar o olhar em Cristo, pelo
menos nestes dias santos?
Ousaremos caminhar até aos pés da cruz
para que em nós renasça uma fé mais
madura?
Ou ficaremos mais uma vez pelas boas
intenções?
Recordemos o desejo do Papa Francisco: “Eu queria que todos nós tivéssemos a coragem,
sim a coragem, de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor e de
confessar como nossa única glória, Cristo Crucificado”.
O discurso do Papa diante do corpo diplomático
ResponderEliminar22 março
Leia na íntegra as palavras do Papa Francisco diante dos 180 diplomatas acreditados na Santa Sé. O discurso foi feito em italiano a tradução em português publicada na página oficial do Vaticano.
"Excelências,
Senhoras e Senhores,
De coração agradeço ao vosso Decano, Embaixador Jean-Claude Michel, as amáveis palavras que me dirigiu em nome de todos e com alegria vos recebo para uma simples, mas ao mesmo tempo intensa, troca de cumprimentos, que, idealmente, pretende ser o abraço do Papa ao mundo. Na realidade, por vosso intermédio, encontro os vossos povos e deste modo posso, em certa medida, alcançar cada um dos vossos concidadãos com suas alegrias, dramas, expectativas e desejos.
A vossa presença, numerosa, é também um sinal de que as relações que os vossos países mantêm com a Santa Sé são profícuas, são verdadeiramente uma ocasião de bem para a humanidade. Na verdade, é isto mesmo o que a Santa Sé tem a peito: o bem de todo o homem que vive nesta terra. E é precisamente com este entendimento que o Bispo de Roma começa o seu ministério, sabendo que pode contar com a amizade e benevolência dos países que representais, e na certeza de que compartilhais tal propósito. Ao mesmo tempo, espero que se revele também ocasião para iniciar um caminho com os poucos países que ainda não têm relações diplomáticas com a Santa Sé, alguns dos quais - de coração lhes agradeço - quiseram estar presentes na Missa de início do meu ministério ou enviaram mensagens como gesto de proximidade.
Como sabeis, há vários motivos que, ao escolher o meu nome, me levaram a pensar em Francisco de Assis, uma figura bem conhecida mesmo além das fronteiras da Itália e da Europa, inclusive entre os que não professam a fé católica. Um dos primeiros é o amor que Francisco tinha pelos pobres. Ainda há tantos pobres no mundo! E tanto sofrimento passam estas pessoas! A exemplo de Francisco de Assis, a Igreja tem procurado, sempre e em todos os cantos da terra, cuidar e defender quem passa indigência e penso que podereis constatar, em muitos dos vossos países, a obra generosa dos cristãos que se empenham na ajuda aos doentes, aos órfãos, aos sem-abrigo e a quantos são marginalizados, e deste modo trabalham para construir sociedades mais humanas e mais justas."
A sua simplicidade e simpatia contagiou a todos: católicos e não católicos, crentes e não crentes.
Eu tenho muita esperança na pessoa e obra do nosso novo Papa! Que Deus o ajude na realização dos seus propósitos!