“Anunciai sempre o
evangelho; se necessário, usai palavras”
A expressão é atribuída a
São Francisco de Assis. Muitas vezes, o silêncio acompanhado das obras, é bem
mais eloquente que muitos discursos. Paulo VI escreveu que «o homem
contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres,
ou, então, se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas». Não é raro
dizer-se que «as palavras convencem mas o exemplo arrasta».
Vivemos numa sociedade do ruído. Na rua, é o ruído dos carros; no carro, é o
ruído da rádio; em casa, é o ruído da televisão… Esta paixão pelo ruído
transforma-se numa fobia do silêncio: é preciso dizer sempre qualquer coisa
para «não ficar calados», é preciso ouvir sempre qualquer coisa no ipod para
não «perder o tempo». Até já na conversa diária usamos o ipod num dos ouvidos,
não queremos perder nada... a conversa e a música... Num dos passeios anuais
com os alunos, pude constatar esse "medo" do silêncio.
E, no entanto, o silêncio é o terreno onde a palavra é gerada e
se desenvolve. Ou, talvez, ao contrário, a palavra só serve para
fecundar o silêncio. Um provérbio árabe diz «fala apenas se tiveres
algo a dizer mais belo do que o silêncio».
Deixar o ruído e procurar o silêncio é um exercício que nos
poderá fazer muito bem... e que tal se fizessemos essa experiência?
Todos nós,necessitamos escutar mais vezes a voz do silêncio!
ResponderEliminarA GRANDEZA DO SILÊNCIO!!!
O silêncio é doçura:
Quando não respondes às ofensas,
Quando não reclamas os teus direitos,
Quando deixas a Deus a defesa da tua honra.
O silêncio é misericórdia:
Quando te calas diante das faltas de teus irmãos,
Quando perdoas sem remoer o passado,
Quando não condenas, mas intercedes em segredo.
O silêncio é fé:
Quando te apagas, sabendo que é DEUS quem age…
Quando renuncias às vozes do mundo para permanecer na Sua presença…
Quando te basta que só Ele te compreenda.
Fênix Faustine
Um dia feliz
O VALOR DO SILÊNCIO
ResponderEliminarDeus é silencioso e no entanto fala
Quando a palavra de Deus se faz «o murmúrio de uma brisa suave», ela é mais eficaz do que nunca para transformar os nossos corações. A tempestade do monte Sinai abria fendas nos rochedos, mas a palavra silenciosa de Deus é capaz de quebrar os corações de pedra. Para o próprio Elias, o silêncio súbito era provavelmente mais temível do que a tempestade e o trovão. As poderosas manifestações de Deus eram-lhe, em certo sentido, familiares. É o silêncio de Deus que desconcerta, porque é muito diferente de tudo o que Elias conhecia até então.
O silêncio prepara-nos para um novo encontro com Deus. No silêncio, a palavra de Deus pode atingir os recantos escondidos dos nossos corações. No silêncio, ela revela-se «mais penetrante do que uma espada de dois gumes, penetra até à divisão da alma e do corpo» (Hebreus 4,12). Fazendo silêncio, deixamos de esconder-nos diante de Deus, e a luz de Cristo pode atingir, curar e mesmo transformar aquilo de que temos vergonha.
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