Somos tudo o que é, tudo o que foi e tudo o que será.
Textos: Neale Donald Walsh
Autor del libro “Conversaciones con Dios”
Inspirado en el montaje de EdnA, con su debido reconocimiento
Fotografías: Tom Phillips, créditos mantenidos
Depois de cumprir o dever e o direito de votar, envio este poema que li e gostei, embora não aprecie muito o seu autor:
Na ilha por vezes habitada
Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites, manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer. Então sabemos tudo do que foi e será. O mundo aparece explicado definitivamente e entra em nós uma grande serenidade, e dizem-se as palavras que a significam. Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas mãos. Com doçura. Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a vontade e os limites. Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos ossos dela. Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres como a água, a pedra e a raiz. Cada um de nós é por enquanto a vida. Isso nos baste.
José Saramago
(in PROVAVELMENTE ALEGRIA, Editorial Caminho, Lisboa, 1985, 3ª Edição.)
Boa tarde!
ResponderEliminarDepois de cumprir o dever e o direito de votar, envio este poema
que li e gostei, embora não aprecie muito o seu autor:
Na ilha por vezes habitada
Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de
morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade, e dizem-se as
palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas
mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.
José Saramago
(in PROVAVELMENTE ALEGRIA, Editorial Caminho, Lisboa, 1985,
3ª Edição.)
Um bom resto de dia!
Anita