"A indecisa porta do outro que nunca mais abro para mim.Há portas que temos dificuldade em abrir. A porta do outro é aquela que mais dificilmente abrimos. Parece um porta pesada, de fechos emperrados, de fechadura trancada, postigo entreaberto. Parece uma porta cansada e envelhecida pelo tempo. Apresenta-se como uma porta ignorada. Por esta porta dificilmente entra o sol. Muitas vezes desperta curiosidade, mas não a suficiente para se abrir e espreitar. Não mais facilmente se escuta por detrás da porta do que abre a porta para entrar na conversa. A porta do outro é muitas vezes uma porta de suspeita, de amgústia, de mágoa, de dor, e trabalhos dobrados, de encontros difíceis e dolorosos. Muitas vezes, quer dizer, vezes demais para nos atrevermos a abri-la sempre e a todos. Quando se abre é uma porta indecisa. Será? Abro? Não abro? Faço bem em não abrir!?!? A porta do outro é quase intransponível para mim. Portas fechadas e trancas na porta. Não passo para lá e não passa para cá. Portas fechadas e pronto. Não há nada a fazer. Quero descanso e fecho a porta... não quero passar a porta do outro. Não quero transpor esta porta indecisa. Não quero e não abro para mim a porta do outro. Como se quebra esta dificuldade?"
Gostei e fez-me pensar...
ResponderEliminarUm bom dia!
Anita