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terça-feira, 25 de abril de 2017
domingo, 16 de abril de 2017
o Senhor Ressuscitou verdadeiramente
Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio, porque Deus estava com Ele.
Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos Judeus e em Jerusalém; e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz.
Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos.
Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos.
É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».
Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos Judeus e em Jerusalém; e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz.
Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos.
Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos.
É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».
Act 10,34a.37-43
sábado, 15 de abril de 2017
quarta-feira, 5 de abril de 2017
terça-feira, 4 de abril de 2017
sábado, 1 de abril de 2017
Acompanhar os jovens através da beleza
Ao longo dos tempos, a Igreja
teve uma preocupação especial pela beleza, arte, arquitetura e liturgia, por
serem formas muito poderosas de acompanhar pessoas no seu caminho de fé. O
próprio conceito de fé é de que vai para além da realidade visível e concreta
do dia a dia. O ser humano foi criado com vontade, intelecto e alma, ensina S.
Tomás. Todas precisam de ser tratadas se queremos ajudar as pessoas a avançar
na sua compreensão de Deus. Neste contexto, a palavra "compreensão"
vai para além do puramente intelectual, envolvendo também o nosso lado mais
emotivo. Só as palavras, ou só a lógica intelectual, ou só experiências
emocionantes não são suficientes para colher algo do próprio ser de Deus. Por
um lado, Deus não pode ser plenamente explicado e descrito através do nosso
intelecto ou raciocínio intelectual. Ele permanece sempre um mistério inefável
para nós, porque Deus é sempre maior, como Santo Anselmo nos recordou. Por
outro lado, há modalidades através das quais nos podemos aproximar do coração
desse mistério. Ao fazê-lo, avançamos no nosso caminho de fé em direção a Deus.
A beleza, arte, arquitetura e
liturgia não são apenas poesia para os iletrados. São meios poderosos em que a
presença e essência de Deus se exprimem e experienciam, ainda que Ele seja
basicamente o ser inefável que é. Neste sentido, também há
"ferramentas" poderosas para os responsáveis pelo acompanhamento de
pessoas. Isto inclui os jovens de hoje, porque apesar de o número de visitas a
museus e teatros poder estar em declínio, a beleza, arte, arquitetura e até a
liturgia falam uma linguagem poderosa que pode ser compreendida sem muita
explicação anterior. Estas "ferramentas" existem para serem
experienciadas, e assim ajudam a pessoa a avançar no seu caminho para Deus.
Isto corresponde-se com um importante elemento do acompanhamento, em que a pessoa
que acompanha deve retirar-se de tempos a tempos e «deixar que o Criador lide
diretamente com a criatura», como dizia Santo Inácio de Loyola. Obviamente isto
não significa que quem acompanha só deve ir atrás e responder ao que é
experienciado. Há ocasiões onde é precisa uma liderança clara. Acompanhamento
quer igualmente dizer orientação espiritual no sentido de ajudar a ver mais
além, caminhar à frente onde necessário. Quando aos jovens são dados apenas
alguns elementos fundamentais para melhor lerem e compreenderem a beleza, a
arte, a arquitetura e a liturgia, podem apreciar melhor a sua mensagem mais
profunda, deixando essas "ferramentas" ajudarem-nos a aproximarem-se
do mistério de Deus.
A liturgia tem uma função de
ponte entre o ser humano e Deus. Ainda que a forma da liturgia seja feita pelo
homem, a sua essência vem diretamente de Deus. Por exemplo, a maneira como
celebramos a Eucaristia é o produto de um desenvolvimento ao longo dos tempos,
mas a essência do que Jesus disse aos discípulos para fazerem em sua memória
nunca mudou. A liturgia é um momento precioso onde Céu e Terra estão muito
perto, como poderosamente se expressa no canto do Santo. A liturgia fala a
todos os sentidos humanos: por exemplo, a escuta de palavras e música, o cheiro
do incenso e do óleo perfumado, a visão da beleza e dos símbolos, o tocar e o
beijar da cruz ou das relíquias, o gosto do pão e do vinho. A liturgia
dirige-se a todo o ser humano, tal como fomos criados por Deus. Ele sabe melhor
que nós o que precisamos e o que é importante nas nossas vidas. Na liturgia,
arte e arquitetura desempenham o seu papel mais elevado: as ideias que
transpiram são canalizadas para uma só mensagem, o amor de Deus por cada ser
humano e o seu desejo de que todos respondam positivamente ao seu convite.
No desenho para a basílica da
Sagrada Família [Barcelona], o arquiteto espanhol Antoni Gaudí pretendeu criar
uma construção que honrasse Deus em cada detalhe, e ao mesmo tempo expressasse
a grandeza do seu plano amoroso de salvação para todos os que a visitassem. Ao
fazê-lo, Gaudí criou uma monumental estrutura de evangelização. Sendo ele próprio
um devoto cristão, desejou que outros encontrassem o amor de Deus e quis que o
seu trabalho contribuísse para tal. Por isso, ainda hoje, o turista que olhe
para uma das torres da basílica inadvertidamente louva Deus quando lê
"Sanctus, Sanctus". O visitante que leve tempo a contemplar uma das
fachadas reconhecerá que a história que narra vai para além do seu ou da sua
experiência na Terra. E quem entrar na nave será atingido pela luz, pelas
formas orgânicas, a grandeza e a naturalidade com que o olhar é dirigido para o
espaço central da igreja, o altar onde a liturgia é celebrada.
A modalidade mais forte em que
beleza, arte e arquitetura se juntam nesta obra-prima de Gaudí é aquando da
participação numa das grandes liturgias celebradas na basílica. Nesse momento
tudo se reúne: enquanto cada um dos sentidos está a ser abordado e ajuda a
reconhecer a presença de Deus, a arquitetura como um todo aponta apenas para
uma direção, a do amor do próprio Deus. Neste sentido, a basílica da Sagrada
Família é um grande exemplo de como beleza, arte, arquitetura e liturgia podem
ser hoje poderosos aliados no acompanhamento de jovens no seu caminho com Deus.
Fr.
Michel Remery
In "Simpósio sobre acompanhamento de jovens (Conselho das Conferências Episcopais da Europa)" Trad.: SNPC Publicado em 31.03.2017
In "Simpósio sobre acompanhamento de jovens (Conselho das Conferências Episcopais da Europa)" Trad.: SNPC Publicado em 31.03.2017