Realidade virtual A internet tem nos oferecido grandes possibilidades de comunicação e de acesso rápido à informação. Dentro das várias motivações, parece-me ser a comunicação o factor principal que nos leva ao mundo da internet, seja por exemplo através de um blog ou, como tem sido neste ultimos tempos, através de um fenómeno que tem feito as nossas delícias, as chamadas redes sociais. Embora, se saiba que a qualidade ou defeito não esteja na ferramenta em si, mas no uso que façamos dela, na verdade o hábito pode levar-nos a descuidar aquilo que antes era habitual em nós: a comunicação e a relação.
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quarta-feira, 31 de março de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
Os ombros suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Carlos Drummond de Andrade
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 29 de março de 2010
Via Sacra ao vivo em Vila Flor
Com grande serenidade e elevação, os funcionários da Misericórdia e vários voluntários representaram ao vivo a Via Crucis de Jesus Cristo. Belo enquadramento, a cor, a representação a música, o canto. De grande qualidade cénica, esta bela representação emocionou os presentes. A todos os participantes e colaboradores um grande obrigado.Parabéns a todos.
domingo, 28 de março de 2010
Deus serve para confortar?
Há pessoas que pensam que se acredita em Deus para satisfazer uma necessidade. Pensam que a religião serve para confortar. Mas a verdade é que Eu (Deus) não procuro dar satisfação a ninguém. Aliás: uma boa dose de insatisfação e de incómodo faz sempre bem.
Pior que andar incomodado com a vida é estar acomodado à vida. Pior que andar insatisfeito é estar aborrecido com a vida. Enquanto uma pessoa incomodada está em procura activa, a pessoa acomodada já desistiu. Enquanto a pessoa insatisfeita se mexe, mobiliza e se torna protagonista no mundo, a pessoa satisfeita já se retirou.
Por isso, Eu não procuro saciar nem confortar: prefiro pessoas com sede, com fome de um mundo mais justo e solidário. Prefiro pessoas abertas aos outros e ao futuro. Pessoas incapazes de ficar paradas e caladas.
Pior que andar incomodado com a vida é estar acomodado à vida. Pior que andar insatisfeito é estar aborrecido com a vida. Enquanto uma pessoa incomodada está em procura activa, a pessoa acomodada já desistiu. Enquanto a pessoa insatisfeita se mexe, mobiliza e se torna protagonista no mundo, a pessoa satisfeita já se retirou.
Por isso, Eu não procuro saciar nem confortar: prefiro pessoas com sede, com fome de um mundo mais justo e solidário. Prefiro pessoas abertas aos outros e ao futuro. Pessoas incapazes de ficar paradas e caladas.
sábado, 27 de março de 2010
Acção de Graças
Com muita dedicação e trabalho, orientados pela Professora Beatriz, os alunos interpretaram maravilhosamente
"Ameno" na Acção de Graças. Estão ambos de parabéns.
"Ameno" na Acção de Graças. Estão ambos de parabéns.
Não condeno ninguém
Encontro constantemente pessoas prontas a condenar os pecadores quando o que Eu quero é condenar o pecado. Repara: Eu não imponho os Mandamentos para poder condenar. O caminho que Eu indico não é bom porque Eu o indico; Eu indico o caminho porque ele é bom.
Por isso, nem sou Eu que condeno as pessoas pelos seus pecados. É o próprio pecado que se torna condenação e castigo. É o pecado que estraga tudo, é ele que destrói as pessoas por dentro. E se Eu não condeno os pecadores, porque há-de haver alguém a condenar?
O Meu desejo e o de todos não deve ser o de castigar mas o de curar. Não estou aqui para te dar na cabeça mas para que levantes a cabeça. Quanto a ti: faz o mesmo.
Por isso, nem sou Eu que condeno as pessoas pelos seus pecados. É o próprio pecado que se torna condenação e castigo. É o pecado que estraga tudo, é ele que destrói as pessoas por dentro. E se Eu não condeno os pecadores, porque há-de haver alguém a condenar?
O Meu desejo e o de todos não deve ser o de castigar mas o de curar. Não estou aqui para te dar na cabeça mas para que levantes a cabeça. Quanto a ti: faz o mesmo.
sexta-feira, 26 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
Para reflectir
"Na Infância as escolas ainda não tinham fechado. Ensinavam-nos coisas inúteis como as regras da sintaxe e da ortografia, coisas traumáticas como sujeitos, predicados e complementos directos, coisas imbecis como verbos e tabuadas. Tinham a infeliz ideia de nos ensinar a pensar e a surpreendente mania de acreditar que isso era bom. Não batíamos na professora, levávamos-lhe flores." Rosa Lobato Faria
Dá para pensar...
Dá para pensar...
Sentir o amor? Ou fazer pelo amor?
Qualquer pessoa sabe o que é o amor. É o amor que te une à família, aos amigos. É o amor que te faz correr por um projecto.
Mas o que tem de especial amar quando tudo está bem? O que tem de meritório amar quando não há dificuldades? O amor cristão vai muito além do amor da paixão. O amor cristão é também a disciplina de continuar mesmo quando o desejo se extinguiu, mesmo quando tudo puxa para trás.
Por isso, o amor não é tanto o que sentes por uma pessoa ou por um projecto; o amor é o que tens vontade de fazer por essa pessoa ou por esse projecto. É a qualidade do que queres fazer pelo outro que mede a qualidade do teu amor.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Óscar Romero
Óscar Arnulfo Romero Galdámez, arcebispo de S. Salvador, foi assassinado com um tiro no coração há 30 anos quando celebrava missa. O tiro foi disparado por atirador de elite do exército salvadorenho. No dia anterior, na homilia dominical, D. Óscar Romero dissera aos soldados: “Em nome de Deus, em nome do povo sofredor, peço-vos, imploro-vos, ordeno-vos em nome de Deus: parai a repressão”.
terça-feira, 23 de março de 2010
Tão perto e tão longe
Agir por dever, em certas circunstâncias, é a única solução. Mas não se pode viver uma vida inteira a agir por dever. Para que o dever seja bem cumprido, tem que ser feito com coração.
Se fosses uma máquina, poderias limitar-te a ser eficiente.
Eu medir-te-ia pela tua produtividade e tu serias feliz na medida em que fosses útil.
Mas agir apenas por dever, acaba por secar a alma.
E a alma seca torna-se ressentida. E a alma ressentida endurece o coração.
De repente, podes tornar-te uma pessoa irrepreensível mas cuja atenção está posta em repreender os outros porque não são como tu. O mais assustador disto é que é possível levar toda uma vida de rectidão mas de costas voltadas para Mim.
Por fora, tão perto de Mim e, por dentro, tão longe do meu Coração!
Se fosses uma máquina, poderias limitar-te a ser eficiente.
Eu medir-te-ia pela tua produtividade e tu serias feliz na medida em que fosses útil.
Mas agir apenas por dever, acaba por secar a alma.
E a alma seca torna-se ressentida. E a alma ressentida endurece o coração.
De repente, podes tornar-te uma pessoa irrepreensível mas cuja atenção está posta em repreender os outros porque não são como tu. O mais assustador disto é que é possível levar toda uma vida de rectidão mas de costas voltadas para Mim.
Por fora, tão perto de Mim e, por dentro, tão longe do meu Coração!
segunda-feira, 22 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
É urgente o amor
“É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.”
Poema de Eugénio de Andrade
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.”
Poema de Eugénio de Andrade
sábado, 20 de março de 2010
Prece pequenina
Que a minha prece seja, não para ser protegido dos perigos, mas para não ter medo de enfrentá-los.
Que a minha prece seja, não para acalmar a dor,
mas para que o coração a conquiste.
Permita que na batalha da vida não procure aliados, mas as minhas próprias forças.
Permita que não implore no meu medo ansioso por ser salvo, mas que aguarde a paciência para conquistar a minha liberdade.
Rabindranath Tagore, poeta indiano.
Que a minha prece seja, não para acalmar a dor,
mas para que o coração a conquiste.
Permita que na batalha da vida não procure aliados, mas as minhas próprias forças.
Permita que não implore no meu medo ansioso por ser salvo, mas que aguarde a paciência para conquistar a minha liberdade.
Rabindranath Tagore, poeta indiano.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Sarau - Dança
Para todos os Pais
Um grande homem não é aquele cujo nome é conhecido por todos; é aquele que conhece a todos pelo nome. Um grande homem não é aquele que faz com que os outros se sintam pequenos; é aquele que faz com que os outros se sintam grandes*.
Um grande homem não é aquele que tem muitas posses; é aquele põe o que tem ao serviço dos outros. Não é aquele que nunca tem dúvidas; é aquele que está sempre disposto a prescindir de certezas em benefício da verdade. Não é aquele que tem sempre razão; é aquele que é capaz de deixar a razão de lado em benefício do amor.
Um grande homem não precisa de fazer os outros pequenos. Sabe que, para ser grande, deve ser pequeno. Mesmo que, para isso, tenha que dar a própria vida.
* Frase adaptada de G.K. Chesterton
* Frase adaptada de G.K. Chesterton
quinta-feira, 18 de março de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
Uma história
«Circula na internet, sem identificação de autor, a seguinte história:
"Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios para minorá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas. Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajuda-lo a trabalhar. Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse distrair-lhe a atenção. Até que se deparou com o mapa do mundo. Com o auxílio de uma tesoura, recortou-o em vários pedaços e, junto com o rolo de fita adesiva, entregou a seu filho:- Vou lhe dar o mundo para consertar. Veja se consegue. Faça sozinho.Pensou que, assim, se estava livrando do garoto, pois ele não conhecia a geografia do planeta e certamente levaria dias para montar o quebra-cabeças. Uma hora depois porém, ouviu a voz do filho:- Pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho! Para a surpresa do pai, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?- Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu? - Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia uma figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e descobri que havia consertado o mundo.»
"Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios para minorá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas. Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajuda-lo a trabalhar. Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse distrair-lhe a atenção. Até que se deparou com o mapa do mundo. Com o auxílio de uma tesoura, recortou-o em vários pedaços e, junto com o rolo de fita adesiva, entregou a seu filho:- Vou lhe dar o mundo para consertar. Veja se consegue. Faça sozinho.Pensou que, assim, se estava livrando do garoto, pois ele não conhecia a geografia do planeta e certamente levaria dias para montar o quebra-cabeças. Uma hora depois porém, ouviu a voz do filho:- Pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho! Para a surpresa do pai, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?- Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu? - Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia uma figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e descobri que havia consertado o mundo.»
terça-feira, 16 de março de 2010
Quem...
segunda-feira, 15 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
Vamos acabar com o mundo?
sábado, 13 de março de 2010
Na terra dos sonhos
A meio do turbilhão de trabalho em que me encontrava, eis que uma janela se abre abruptamente, à mercê da força do vento, e uma voz amiga me sopra ao ouvido: "Nada do que se sonha é tão estranho como aquilo que se vê. A vida nunca é fácil para os que sonham..." Sorri. E regressei ao trabalho... Mas com a convicção que voltarei a sonhar...
quinta-feira, 11 de março de 2010
A vida não chega
quarta-feira, 10 de março de 2010
Não se perdeu nenhuma coisa em mim
"Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade."
de Sophia de Mello Breyner Andresen
in "Poesia I"
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade."
de Sophia de Mello Breyner Andresen
in "Poesia I"
terça-feira, 9 de março de 2010
domingo, 7 de março de 2010
Voar leve
Se alguém estiver chorando ou não
É como aquela chuva é como a porta se abrindo
É como a dor da virgem, do parto é a luta da nuvem
O sol alucinado penetra a nuvem que chora
O sol alucinado penetra a nuvem que brilha
Se alguém estiver chorando ou não
Que seja por motivo inspirado ou seja por brilho
Que seja pra lavar e que seja simples, preciso
como a arquitetura da gaivota que voa
Supremo compromisso de voar leve, à toa
É como aquela chuva é como a porta se abrindo
É como a dor da virgem, do parto é a luta da nuvem
O sol alucinado penetra a nuvem que chora
O sol alucinado penetra a nuvem que brilha
Se alguém estiver chorando ou não
Que seja por motivo inspirado ou seja por brilho
Que seja pra lavar e que seja simples, preciso
como a arquitetura da gaivota que voa
Supremo compromisso de voar leve, à toa
Oswaldo Montenegro
sexta-feira, 5 de março de 2010
Diante da derrota
"O guerreiro da luz sabe perder. Ele não trata a derrota como algo indiferente, usando frases como “bem, isto não era tão importante”, ou “na verdade, eu não queria mesmo isto”.
Aceita a derrota como uma derrota, e não tenta transformá-la em vitória ou experiência. Amarga a dor dos ferimentos, a indiferença dos amigos, a solidão da perda. Nestes momentos, diz para si mesmo: “lutei por algo, e não consegui. Perdi a primeira batalha”.
Esta frase lhe dá forças. Ele sabe que ninguém ganha sempre – mas os corajosos sempre ganham no final." (Paulo Coelho)
Aceita a derrota como uma derrota, e não tenta transformá-la em vitória ou experiência. Amarga a dor dos ferimentos, a indiferença dos amigos, a solidão da perda. Nestes momentos, diz para si mesmo: “lutei por algo, e não consegui. Perdi a primeira batalha”.
Esta frase lhe dá forças. Ele sabe que ninguém ganha sempre – mas os corajosos sempre ganham no final." (Paulo Coelho)
quinta-feira, 4 de março de 2010
quarta-feira, 3 de março de 2010
Seguir a luz
" O guerreiro da luz passa a acreditar que é melhor seguir a luz. Ele já traiu, mentiu, desviou-se do seu caminho, cortejou as trevas. E tudo continuou dando certo, como se nada tivesse acontecido. Mas agora ele quer mudar suas atitudes.
Ao tomar esta decisão, escuta quatro comentários:
Ao tomar esta decisão, escuta quatro comentários:
“Você sempre agiu errado. Você está velho demais para mudar. Você não é bom. Você não merece”.
Então, olha para o céu. E uma voz diz: “bem, meu caro, todo mundo já fez coisas erradas. Você está perdoado, mas não posso forçar este perdão. Decida-se”.
Então, olha para o céu. E uma voz diz: “bem, meu caro, todo mundo já fez coisas erradas. Você está perdoado, mas não posso forçar este perdão. Decida-se”.
O verdadeiro guerreiro da luz aceita o perdão, e passa a tomar algumas precauções." (Paulo Coelho)
terça-feira, 2 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
Ilumina-se por dentro
E cada vela que se acende é mais chuva a bater na vidraça...
Alegra-me ouvir a chuva porque ela é o templo estar aceso,
E as vidraças da igreja vistas de fora são o som da chuva ouvido por dentro ...
O esplendor do altar-mor é o eu não poder quase ver os montes
Através da chuva que é ouro tão solene na toalha do altar...
Soa o canto do coro, latino e vento a sacudir-me a vidraça
E sente-se chiar a água no fato de haver coro...
A missa é um automóvel que passa
Através dos fiéis que se ajoelham em hoje ser um dia triste...
Súbito vento sacode em esplendor maior
A festa da catedral e o ruído da chuva absorve tudo
Até só se ouvir a voz do padre água perder-se ao longe
Com o som de rodas de automóvel...
E apagam-se as luzes da igreja
Na chuva que cessa..."
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"